Publicado 13/06/2022 22:18 | Atualizado 13/06/2022 22:38
Rio - Após quase quatro meses de apreensão e tristeza para toda uma família, finalmente o alívio. A Justiça absolveu Jorge Luiz de Souza Filho, de 29 anos, conhecido como Jorginho, acusado de roubar um celular, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Ele foi preso no dia 15 de fevereiro deste ano após duas vítimas o reconhecerem por foto como responsável pelo crime, ocorrido em maio de 2021. A absolvição pela 5ª Câmara Criminal ocorreu por unanimidade e Jorginho foi solto na última sexta-feira (10).
A irmã Ana Clara, de 19 anos, disse que ele renasceu no último dia 10: "Ele pisou em casa e foi tudo muito diferente, ele está muito diferente, o Estado mudou meu irmão para sempre toda dor que ele passou deixou marca irredutível na mente dele e de nossa família, ele está acuado, ressentido, com medo, ele se sente um estranho em sua própria casa, mas o nosso sentimento é de alívio de ver que finalmente a justiça foi enfim feita, por unanimidade de todos os desembargadores da quinta câmara, é um sentimento gigantismo de felicidade, mas os danos causados pelo Estado na nossa família e principalmente no meu irmão são irreparáveis, nos marcou pra sempre", desabafou.
A irmã Ana Clara, de 19 anos, disse que ele renasceu no último dia 10: "Ele pisou em casa e foi tudo muito diferente, ele está muito diferente, o Estado mudou meu irmão para sempre toda dor que ele passou deixou marca irredutível na mente dele e de nossa família, ele está acuado, ressentido, com medo, ele se sente um estranho em sua própria casa, mas o nosso sentimento é de alívio de ver que finalmente a justiça foi enfim feita, por unanimidade de todos os desembargadores da quinta câmara, é um sentimento gigantismo de felicidade, mas os danos causados pelo Estado na nossa família e principalmente no meu irmão são irreparáveis, nos marcou pra sempre", desabafou.
O rapaz mora com a família em São Gonçalo e trabalhava de carteira assinada na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), em Niterói. Ana Clara lembra que os policiais conseguiram os dados e a foto do irmão no banco de dados do Departamento de Trânsito (Detran). A imagem foi mostrada às vítimas, que o reconheceram. Ainda segundo ela, antes do dia 15 de fevereiro, os policiais da 71ª DP (Itaboraí) foram até o local onde ele trabalha, mas não o encontraram, porque Jorge estava afastado por ser do grupo de risco para a covid-19, por conta da sua condição. Ao saber por um colega de trabalho, ele foi voluntariamente à distrital e acabou sendo preso.
De acordo com o advogado Fabio de Souza Tolissano, que representa a família do jovem, ele foi absolvido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça por entender que não existem provas suficientes para a condenação.
"A injustiça cometida pelo juiz de piso foi reparada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A quinta Câmara absolveu o Jorge Luiz por entender que as provas não eram suficientes para embasar uma condenação. A defesa estuda agora uma possível Ação Indenizatória contra o Estado", avaliou o advogado.
De acordo com o advogado Fabio de Souza Tolissano, que representa a família do jovem, ele foi absolvido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça por entender que não existem provas suficientes para a condenação.
"A injustiça cometida pelo juiz de piso foi reparada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A quinta Câmara absolveu o Jorge Luiz por entender que as provas não eram suficientes para embasar uma condenação. A defesa estuda agora uma possível Ação Indenizatória contra o Estado", avaliou o advogado.
Ao ser solto, na última sexta-feira, Jorginho foi recebido pela irmã e mãe Eliane Campos, de 52 anos, que estava muito emocionada, na saída do presídio. Eles se abraçaram no momento do reencontro.
Segundo a família, Jorge Luiz tem cegueira progressiva, atrofia congênita no nervo óptico e mobilidade prejudicada por nascimento precoce, o que o impediria de cometer o crime. Além disso, as características do assaltante, que teria 1,80m de altura, não condizem com ele, que tem 1,62. A única semelhança é a cor da pele: ambos são brancos.
"Ele comprou um celular e esse aparelho estava envolvido em um roubo", explicou Ana Clara.
Procurados por O DIA, o Ministério Público e a Polícia Civil ainda não se posicionaram sobre a decisão.
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