Publicado 14/06/2022 20:07
Rio - Depois de uma varredura feita nos gabinetes dos vereadores da Comissão de Ética da Câmara Municipal, que investiga denúncias contra Gabriel Monteiro (PL), a Polícia Civil não encontrou escutas. A ação ocorreu a pedido dos parlamentares que relataram receber ameaças por meio das redes sociais por causa do processo interno de investigação do ex-policial militar e youtuber acusado de estupro, assédio e de forjar vídeos na internet. Monteiro responde a um processo ético-disciplinar por quebra de decoro na Câmara Municipal, que pode levar à sua cassação.
"Foi feita a varredura e nada foi encontrado. Se assim tivesse sido, teria sido exposto na entrevista (coletiva dada pelo Conselho de Ética). Nunca houve manipulação, nunca houve assédio sexual, assédio moral, o que houve foi uma articulação de ex-assessores que se voltaram contra o Gabriel monteiro após ele prender uma pessoa da máfia do reboque", disse o advogado Sandro Figueiredo após depoimentos de duas testemunhas de defesa de Monteiro.
A defesa do vereador também negou estar usando de manobras para postergar o processo. "Manobra quem faz é o Exército. A defesa se utiliza de predicados legais para que possa seguir no rito processual. Ademais, o Código do Processo Penal define, limita o quantitativo de oito testemunhas. Visando a ampla defesa do contraditório, a defesa entendeu por bem arrolar as oito testemunhas", disse o advogado.
Para a defesa do vereador, ambas as testemunhas desta terça-feira (14) apresentaram com “riqueza de detalhes” que não houve manipulação de qualquer vídeo feito pelo parlamentar.
Funcionário do gabinete de Monteiro, o ex-policial militar Miqueas Arcenio também prestou depoimento. Mas, segundo os integrantes do Conselho de Ética, nada acrescentou. O relator do processo, Chico Alencar (Psol), vai pedir 15 dias de prorrogação para terminar o relatório, que só será votado em agosto.
“Foram testemunhas que não acrescentaram tanto. É natural, uma vez que são testemunhas de defesa. Falaram muito bem da relação que eles têm com o vereador Gabriel Monteiro, até hoje, na tentativa de tentar inviabilizar e tirar todo crédito das outras testemunhas”, comentou o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (União Brasil).
“Foram testemunhas que não acrescentaram tanto. É natural, uma vez que são testemunhas de defesa. Falaram muito bem da relação que eles têm com o vereador Gabriel Monteiro, até hoje, na tentativa de tentar inviabilizar e tirar todo crédito das outras testemunhas”, comentou o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (União Brasil).
Na próxima terça-feira (21), o conselho vai ouvir o delegado do caso, Maurício Armond. No dia 23, será ouvido Monteiro. “Acredito que os depoimentos do delegado e do Gabriel possam acrescentar as peças que estão faltando para o conselho finalizar o processo”, afirmou Luiz Ramos Filho.
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