Publicado 21/06/2022 13:02
Rio- A chegada do inverno, que começou nesta terça-feira (21), provoca grandes alterações na rotina dos pets. Para amenizar os efeitos, especialistas alertam sobre a necessidades de cuidados especiais durante a nova estação. Muitos cariocas e fluminenses já estão tirando os casacos, calças, cachecóis e cobertores do armário para enfrentar as baixas temperaturas. Mas e os pets? Será que eles também sofrem quando esfria?
"Sim, principalmente os de pequeno porte e com pelo bem curtinho, além dos mais idosos", explica a veterinária Roberta Rossi. Segundo ela, o ideal é sempre ter um local mais quentinho para que eles possam se proteger. "O uso de roupinhas também é recomendado", detalha.
A advogada Fernanda Inella é tutora do Bartolomeu, um chiuaua de 2 anos e com apenas 2,5 kg, e sempre protege o seu pequeno. "Eu penso que pra ele é tudo maior, porque ele é pequeno. Então sigo as necessidades dele como se fossem as minhas. Se estou com frio, ele deve estar 10 vezes mais. É como um filho mesmo", conta. Fernanda revela, ainda, que perceber também quando o cachorrinho precisa se aquecer, já que ele fica mais quieto e dorme mais. "Nós redobramos as cobertas na caminha dele, pois vemos que ele precisa. Outra coisa também é que evitamos de levá-lo para a rua, dar banho toda semana, e não colocarmos água gelada para ele beber", diz a tutora.
Dona dos felinos Jane e Chico, Thalita Menezes também percebe a mesma necessidade quando a temperatura cai. A roupinha fica só para a Jane, porque Chico já não se adaptou. Ela conta que chegou a comprar caminha para os dois, no entanto, eles gostam é da cama de verdade. "Normalmente a Jane dorme comigo na cama, porque ela é mais apegada a mim, principalmente nessa época mais fria ou quando chove. O Chico costuma dormir na cama da minha vó, mas percebo que ele sente menos frio que ela."
Thalita também muda a alimentação dos bichinhos no inverno. "Ao invés de dar o sachê normal, faço uma sopinha de sachê. Misturo com água morna e eles amam", explicou. E disse que assim como Fernanda, também não oferece água muito gelada aos gatinhos para que não fiquem doentes.
Em relação às doenças, a veterinária Glauce Araújo alerta para os problemas respiratórios e nos ossos dos animaizinhos. "Os principais problemas de saúde de cães e gatos no inverno são referentes ao trato respiratório. A gripe canina, que chamamos de traqueobronquite infecciosa, bronquite, asma e em gatos, a rinotraqueite. Também é muito comum aparecerem problemas relacionados a parte osteoarticular, como piora nos quadros de dor nos casos de artrose e hérnias de disco", explica.
Roberta chama atenção para a umidade, que é mais comum nesta época, e pode ocasionar no surgimento de fungos nas peles. "O ambiente úmido é mais propício para o aparecimento de fungos e de sarna também, por causa dos fômites, que são o meio de transmissão delas", contou. A veterinária ressalta, ainda, sobre a importância das limpezas e trocas de roupas dos animais. "As doenças podem ser adquiridas em caminhas, roupinhas, cobertas, etc., então é sempre importante realizar a troca e também lavar, assim como fazemos com as nossas roupas de cama e pessoais", diz.
Glauce recomenda que os pais de pet sempre façam a medicina preventiva em seus animais, para principalmente nessa época, eles estarem protegidos: "É importante manter o esquema vacinal em dia, evitando doenças virais e não deixar os pets expostos ao frio e vento, sempre mantê-los em local quentinho e agasalhados".
*Reportagem por Maria Eduarda Volta sob supervisão de Raphael Perucci
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