Publicado 21/06/2022 19:13 | Atualizado 21/06/2022 19:26
Rio - O policial militar Pablo Foligno, que atua na escolta do vereador Gabriel Monteiro (PL) e participou de vídeo do parlamentar com uma pessoa em situação de rua, confirmou aos membros do Conselho de Ética a oferta de remuneração para quem participasse dos conteúdos do youtuber. A informação foi dada na tarde desta terça-feira (21) pelo vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo ético-disciplinar que investiga o parlamentar.
"De substantivo, eu entendo que ele (Foligno) confirmou que há uma total imbricação e mistura de papéis de assessores parlamentares e da empresa do youtuber. E mais, nos experimentos sociais, alguns ele acompanha, há de fato a oferta de remuneração para quem dele participar, sem saber exatamente do que se trata. Tanto que ele disse que aquele morador em situação de rua que Monteiro empurrou, alegando inclusive, que ele teria pego uma pedra para agredir a segurança do Gabriel, que o vídeo que nós vimos não confirma, mas ele (Foligno) disse que não tira a razão do morador de rua porque estava querendo receber o dele”, explicou Alencar.
Está sendo investigado pela polícia um vídeo no qual Monteiro orienta um morador de rua a simular o furto da uma bolsa de uma mulher. Depois, ele é abordado pelo vereador, que o questiona pelo ato. Pouco tempo depois, um segurança empurra a pessoa em situação de rua, que vai ao chão.
"É uma relação também do processo ético-disciplinar e parece muito em confronto do que se chamaria de decoro e ética parlamentar”, disse Alencar.
Também nesta terça, o vereador Gabriel Monteiro explicou aos jornalistas, que acompanhavam os depoimentos dados ao Conselho de Ética, que a produção de vídeos em que sua equipe pressionava e até pagava moradores de rua para que cometessem crimes contra mulheres seriam uma campanha contra o feminicídio promovida por ele mesmo.
Disputa para deputado federal
Questionado por jornalistas se Monteiro poderia concorrer nas próximas eleições para se tornar um deputado federal, o presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo, disse que ele está apto a disputar o cargo.
"Ele pode concorrer. Não há nada comprovado ainda contra o vereador Gabriel Monteiro. Tem processo aqui na Câmara e o que está correndo na Justiça. Então hoje ele é elegível”, explicou Isquierdo. O presidente do Conselho de Ética também respondeu aos jornalistas o questionamento se ele acredita na cassação de Monteiro, uma vez que ele é considerado grande puxador de votos.
Questionado por jornalistas se Monteiro poderia concorrer nas próximas eleições para se tornar um deputado federal, o presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo, disse que ele está apto a disputar o cargo.
"Ele pode concorrer. Não há nada comprovado ainda contra o vereador Gabriel Monteiro. Tem processo aqui na Câmara e o que está correndo na Justiça. Então hoje ele é elegível”, explicou Isquierdo. O presidente do Conselho de Ética também respondeu aos jornalistas o questionamento se ele acredita na cassação de Monteiro, uma vez que ele é considerado grande puxador de votos.
"O que posso afirmar à imprensa é que o Conselho de Ética tem sido muito responsável, célere, imparcial e coeso com aquilo que estamos apurando. Não podemos falar ainda de cassação porque isso será ou não uma votação. E aí vai ser por maioria ou não dos vereadores. Quem vai determinar a cassação ou não vai ser o plenário”, ressaltou Isquierdo.
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