Publicado 24/06/2022 17:41
Rio – Um ano após a morte de seu filho, Thiago da Conceição, morto em casa no ano passado durante uma operação policial, Aline Souza, mãe do jovem, morre após desenvolver quadro depressivo e sofrer um AVC. O enterro de Aline ocorreu às 16h15 desta sexta-feira (24), no cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.
O adolescente tinha 16 anos quando foi atingido na cabeça por uma bala que entrou em sua casa, no Complexo da Fé, na Penha, na Zona Norte do Rio. Thiago foi uma das vítimas da operação "Coalizão do Bem", deflagrada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar na manhã do dia 18 de junho de 2021.
Segundo a Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), Aline entrou em um quadro de profunda depressão, não comia e muito debilitada, afirmava que não queria mais viver sem o filho. Aline não resistiu e faleceu devido um AVC.
Desde a morte do jovem, nenhuma perícia foi realizada na casa de Thiago, tampouco foram recolhidas as provas do caso. Até o momento, a família não recebeu uma resposta sobre o ocorrido. Há 10 meses, um protesto foi realizado em frente a sede do Ministério Público do Rio (MP-RJ), onde Aline e sua família estiveram presentes, juntos por membros da Faferj, pedindo para que realizassem o recolhimento das provas. Segundo a organização, na época, o MP-RJ afirmou que iriam buscar as evidências, mas até o momento, nunca foram recolhidas.
Questionadas sobre o motivo de não ter sido realizado uma perícia, sobre o não recolhimento de provas e de nunca terem explicado o ocorrido que resultou na morte de Thiago, a Polícia Civil informou de que as investigações relacionadas à morte do jovem continuam na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para identificar a autoria do disparo que atingiu a vítima e esclarecer os fatos.
O adolescente tinha 16 anos quando foi atingido na cabeça por uma bala que entrou em sua casa, no Complexo da Fé, na Penha, na Zona Norte do Rio. Thiago foi uma das vítimas da operação "Coalizão do Bem", deflagrada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar na manhã do dia 18 de junho de 2021.
Segundo a Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj), Aline entrou em um quadro de profunda depressão, não comia e muito debilitada, afirmava que não queria mais viver sem o filho. Aline não resistiu e faleceu devido um AVC.
Desde a morte do jovem, nenhuma perícia foi realizada na casa de Thiago, tampouco foram recolhidas as provas do caso. Até o momento, a família não recebeu uma resposta sobre o ocorrido. Há 10 meses, um protesto foi realizado em frente a sede do Ministério Público do Rio (MP-RJ), onde Aline e sua família estiveram presentes, juntos por membros da Faferj, pedindo para que realizassem o recolhimento das provas. Segundo a organização, na época, o MP-RJ afirmou que iriam buscar as evidências, mas até o momento, nunca foram recolhidas.
Questionadas sobre o motivo de não ter sido realizado uma perícia, sobre o não recolhimento de provas e de nunca terem explicado o ocorrido que resultou na morte de Thiago, a Polícia Civil informou de que as investigações relacionadas à morte do jovem continuam na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para identificar a autoria do disparo que atingiu a vítima e esclarecer os fatos.
Já o MP-RJ informou de que a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro recebeu ofício da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação, relatando que, até 16 de dezembro de 2021, as principais testemunhas do caso não haviam comparecido para depor, por aconselhamento da Defensoria Pública, e que, por isso, não teria sido possível determinar a dinâmica dos fatos. O processo investigatório continua sendo conduzido, à espera da conclusão de diligências solicitadas ao órgão policial.
Até o momento desta publicação, apenas a Polícia Militar não se pronunciou.
Relembre o caso
Thiago da Conceição foi uma das pessoas que morreram durante a execução da operação "Coalizão do Bem", deflagrada pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar na manhã do dia 18 de junho de 2021.
Na época, uma prima do jovem, que preferiu não ser identificada, afirmou que os policiais não foram sequer ao local, que simplesmente atiraram e não prestaram socorro.
"Em momento algum os policiais que estavam lá em baixo subiram. Não se certificaram se era bandido, ou que era. Da onde que foi atirado, realmente foi um sniper. Porque a altura da casa dele, só mesmo um profissional, um sniper, para poder acertar. Não tinha como", afirmou.
Após a operação, o subsecretário operacional do Rio, Rodrigo Oliveira, chegou a afirmar que não havia policiais na comunidade. "Temos a informação de que um adolescente foi baleado em um local onde não havia operação, isso está sendo apurado", disse o delegado
Entretanto, a versão foi amplamente questionada pela família.
"Foram 14 viaturas que vieram para o Morro da Fé. Tem fotos circulando entre os moradores com a movimentação deles. Teve operação sim. Por mais que eles neguem, eles estavam lá", conta a prima do jovem.
Os policiais teriam, inclusive, segundo o relato dela e do padrasto, Gilcinei da Silva, se negado a prestar socorro ao menino, que chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas já chegou à unidade de saúde sem vida.
Na ação conjunta, além do adolescente, outros três homens foram mortos: Douglas Constantino Alves, de 33 anos; Jorge Xavier Quintanilha, de 30 anos; e um não identificado. A operação Coalizão do Bem visava prender criminosos de uma quadrilha que teria ordenado ataques em Manaus.
O grupo seria o responsável por movimentar cerca de R$ 125 milhões em acordos com o Comando Vermelho. A ação também teve desdobramentos no Amazonas, Pará e São Paulo. Ao todo, 15 pessoas foram presas, sendo 8 só no Rio de Janeiro.
Os policiais teriam, inclusive, segundo o relato dela e do padrasto, Gilcinei da Silva, se negado a prestar socorro ao menino, que chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas já chegou à unidade de saúde sem vida.
Na ação conjunta, além do adolescente, outros três homens foram mortos: Douglas Constantino Alves, de 33 anos; Jorge Xavier Quintanilha, de 30 anos; e um não identificado. A operação Coalizão do Bem visava prender criminosos de uma quadrilha que teria ordenado ataques em Manaus.
O grupo seria o responsável por movimentar cerca de R$ 125 milhões em acordos com o Comando Vermelho. A ação também teve desdobramentos no Amazonas, Pará e São Paulo. Ao todo, 15 pessoas foram presas, sendo 8 só no Rio de Janeiro.
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