Publicado 28/06/2022 19:21 | Atualizado 28/06/2022 21:50
Rio – Por dois votos a um, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio negou nesta terça-feira (28) o pedido de habeas corpus aos delegados Adriana Belém e Marcos Cipriano. Os dois foram presos na chamada Operação Calígula, desencadeada no dia 10 de maio pelo Ministério Público do Rio contra uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade voltada à exploração de jogos de azar.
O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, relator dos recursos, manifestou pela manutenção das prisões preventivas por entender que "as decisões estão fundamentadas, e que são idôneos os motivos que justificaram a imposição do encarceramento". O voto foi seguido pelo juiz designado André Ricardo de Franciscis Ramos. Ficou vencido o desembargador Siro Darlan, que votou pela revogação das prisões.
Na mesma sessão, também por maioria de votos (2 a 1), foram negados os pedidos de habeas corpus impetrados pelas defesas de outros sete réus denunciados no mesmo processo.
A delegada Adriana Belém foi presa após ter sido encontrado em seu apartamento cerca de R$ 1,8 milhão em espécie, escondido no quarto do filho. Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de fazer parte de uma rede de apoio ao bicheiro Rogério de Andrade, que teria facilitado a devolução de máquinas caça-níqueis apreendidas em uma casa de jogos clandestina em 2018.
Na mesma sessão, também por maioria de votos (2 a 1), foram negados os pedidos de habeas corpus impetrados pelas defesas de outros sete réus denunciados no mesmo processo.
A delegada Adriana Belém foi presa após ter sido encontrado em seu apartamento cerca de R$ 1,8 milhão em espécie, escondido no quarto do filho. Ela é acusada pelo Ministério Público do Rio de fazer parte de uma rede de apoio ao bicheiro Rogério de Andrade, que teria facilitado a devolução de máquinas caça-níqueis apreendidas em uma casa de jogos clandestina em 2018.
Relembre a Operação Calígula
A Operação Calígula, deflagrada dia 10 de maio, mirou uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade. O grupo tinha como membro o ex-policial Ronnie Lessa, detido no Presídio Federal de Campo Grande pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Dois delegados da Polícia Civil estavam entre os alvos: Marcos Cipriano e Adriana Belém, que estão presos.
Segundo as investigações, a delegada Adriana Belém, ainda lotada na 16ª DP, e o inspetor Jorge Luiz Camilo Alves teriam encontrado com Ronnie Lessa a pedido de Cipriano com objetivo de viabilizar a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em casa de apostas da organização criminosa. O pagamento da propina teria sido providenciado por Rogério de Andrade.
Segundo as investigações, a delegada Adriana Belém, ainda lotada na 16ª DP, e o inspetor Jorge Luiz Camilo Alves teriam encontrado com Ronnie Lessa a pedido de Cipriano com objetivo de viabilizar a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em casa de apostas da organização criminosa. O pagamento da propina teria sido providenciado por Rogério de Andrade.
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