Tiros atingiram a rede aérea na estação Costa Barros, no ramal Belford Roxo, nesta segunda-feira, ocasionando um princípio de incêndio em um tremDivulgação
Publicado 29/06/2022 07:17
Rio - De janeiro deste ano até este domingo, a SuperVia registrou 919 ocorrências de furtos de cabos de sinalização do sistema ferroviário, 60% a mais do que o apontado no primeiro semestre do ano passado, quando houve 364 ocorrências. Em 2021, já foram furtados 56.949 metros de cabos, 75% mais do que de janeiro a junho do ano passado, quando 14 mil metros foram levados pelos criminosos.
"Essas ações criminosas ocorrem diariamente, durante o dia ou à noite, e causam impactos diretos na operação do transporte ferroviário do Rio de Janeiro. Os furtos obrigam a SuperVia a adotar medidas emergenciais para garantir a segurança operacional do sistema e do serviço, protegendo seus clientes e colaboradores. Entre as medidas estão as interrupções temporárias na circulação dos trens, aumento no intervalo das viagens, aumento do espaçamento entre os trens que amplia o tempo de percurso em razão da sinalização prejudicada. Fatos como esses têm ocorrido praticamente todos os dias, principalmente nos ramais Santa Cruz, Japeri e Saracuruna. Os furtos acontecem em diversos pontos ao longo de todos os ramais", disse a concessionária.
A SuperVia disse que tem atuado em apoio à Força-Tarefa criada pelo Governo do Estado para coibir os crimes contra o sistema ferroviário e que todas as ocorrências são comunicadas às autoridades policiais. "Os registros de furto de cabos são todos feitos na Polícia Civil, em atenção a ato normativo publicado por essa entidade policial, que indica as delegacias com atribuições para este fim", afirmou.
Tiroteios também impactam a circulação
Em 2022, a SuperVia já registrou sete casos de tiroteios nas imediações do sistema, impactando a circulação dos trens por mais de 12h30. O caso mais recente ocorreu na madrugada desta segunda-feira, na região da estação Costa Barros, no ramal Belford Roxo. De acordo com a concessionária, os tiros atingiram a rede aérea, ocasionando um princípio de incêndio em um trem, por volta das 5h40. O Corpo de Bombeiros foi acionado. Em função dessa ocorrência, a SuperVia precisou fazer alterações operacionais e ampliar o intervalo do ramal Belford Roxo durante todo o dia enquanto técnicos da concessionária realizavam os reparos na estrutura. No primeiro semestre de 2021, foram 14 tiroteios.
"A segurança é um valor inegociável da SuperVia e a concessionária adota todas as medidas possíveis para garantir a integridade de seus clientes e colaboradores. A empresa lamenta os constantes tiroteios ocorridos em comunidades que margeiam a linha férrea fluminense e principalmente seus impactos para a população", disse a concessionária.
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