Publicado 29/06/2022 15:19
Rio - O corpo do ex-paraquedista Jairo Jonathan, de 24 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (29), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste. O homem foi morto com um tiro na cabeça na tarde de segunda-feira (27), dentro de um um trem, em Deodoro.
Vanilda do Carmo, avó de Jairo, disse, em meio às lágrimas, que o neto seria promovido a gerente no próximo mês e que estava repleto de sonhos para ele e o filho. Jonathan deixou um filho de apenas 4 anos.
"Ele ia ser promovido, no mês que vem, a gerente do restaurante. Ele estava almejando pela carteira de habilitação dele. Ele era aquele neto que todo dia me mandava mensagem. Se eu tivesse o poder de trocar, trocaria minha vida pela vida dele nesse momento, porque eu amava ele demais", disse.
Vanilda do Carmo, avó de Jairo, disse, em meio às lágrimas, que o neto seria promovido a gerente no próximo mês e que estava repleto de sonhos para ele e o filho. Jonathan deixou um filho de apenas 4 anos.
"Ele ia ser promovido, no mês que vem, a gerente do restaurante. Ele estava almejando pela carteira de habilitação dele. Ele era aquele neto que todo dia me mandava mensagem. Se eu tivesse o poder de trocar, trocaria minha vida pela vida dele nesse momento, porque eu amava ele demais", disse.
De acordo com Vanilda, já é de conhecimento da polícia quem seria o suspeito do crime, porém, ele está foragido. A família da vítima acredita que o atirador seja um homem identificado apenas como Hugo e seria ex-marido da namorada do Jonathan.
"Eu desejo que ele pague pelo que fez para o meu neto. Eu desejo que ele pague na justiça, porque ele tirou a vida de um menino de vinte e quatro anos, que estava começando a vida agora, estava com os sonhos deles aflorando. E de repente, de uma forma covarde, mataram ele", desabafou.
Segundo Priscila do Carmo, tia da vítima, afirmou que seu sobrinho e a ex-mulher do suspeito já tinham envolvimento desde 2015 e que, após a separação dela, os dois voltaram a namorar.
"Ele namorou com essa menina em 2015, foi o primeiro namorado dela, ela tinha 15 anos, depois eles terminaram. E ela conheceu esse rapaz (o suspeito) e foi morar com ele. E ele, por ser um homem bem mais velho, acredito eu, que tinha muita raiva do meu sobrinho. Ele não deixava ela ter contato com a gente nem em rede social. Ele tinha um ciúme excessivo do Jairo. E de um mês pra cá ela separou dele, ela já estava para separar dele, mas a bebezinha dela estava tendo reações, tendo febre. Ela fez foi fazendo uma separação aos poucos para não afetar a criança", disse.
Em seu relato, ela ainda contou que o homem chegou a fazer ameaças a Jairo, por meio de uma amiga da namorada da vítima. "E ele falou para uma amiga dela, que vai na delegacia, vai prestar depoimento, ele esteve lá essa semana, ela só contou hoje, e falou 'eu vou matar ele, ele estando com ela ou não'".
Em meio às lágrimas, a tia de Jairo relembrou os momentos em que o sobrinho ia até a sua casa ficar junto da família, destacando sua felicidade. "Ele era toda a minha vida. Toda a minha vida chegando na minha casa, me pedindo café, me pedindo cigarro, me pedindo recarga no celular, ele falava 'tia, você me empresta o carro para eu cortar cabelo? Sabe que eu sou vaidoso, não gosto de ficar assim com cabelo grande, eu sou garçom, tenho que ter uma aparência boa'. Ele dançava TikTok com meu filho, era padrinho do meu filho".
Relembre o caso
Jairo foi morto com um tiro na cabeça dentro de um trem, do ramal Santa Cruz, seguia em direção à Central do Brasil. Ele trabalhava como garçom em um restaurante no Maracanã e estava indo para o trabalho no momento em que foi assassinado.
Ele foi atingido pelos disparos quando o trem parou na estação. O atirador teria levantado do assento e atirado contra a vítima, que estava sentada, segundo testemunhas. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, pois o suspeito chegou a tampar a câmera de segurança que estava mais próxima ao local do crime.
De acordo com relatos de redes sociais, o trem estava lotado no momento da execução e o autor dos disparos teria fugido junto em meio à multidão, que correu pela plataforma após os disparos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
*Colaborou Sandro Vox
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