Publicado 01/07/2022 18:19 | Atualizado 01/07/2022 21:10
Rio - A jornalista do DIA e colunista Renata Cristiane de Oliveira, de 49 anos, foi alvo de um ataque racista em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Avisada por uma internauta, que segue o perfil da jornalista nas redes sociais, Renata foi até dois pontos de ônibus, em frente ao Pronto Socorro de São Pedro da Aldeia, e viu dois cartazes com as ofensas: "Renata Cristiane. Reporte Macaca. Lá Cabo Frio (sic)". Constrangida com o ocorrido nesta sexta-feira (1º), a jornalista passou pelo mesmo o que relatou em matéria da sua autoria, semana passada, quando um jovem da cidade recebeu comentários ofensivos durante um podcast.
"Na hora, fiquei muito abalada. Fui até os pontos de ônibus. Vi que o cartaz não tinha sido colado hoje. Ao lado de um deles, havia outro cartaz com versículo da bíblia. Passar por isso é muito desagradável", relatou a jornalista.
Renata, que atua na Região dos Lagos há 20 anos, conta que esse não é o primeiro preconceito que viveu ao longo da sua carreira. Em algumas situações, ela foi julgada pela cor da sua pele e modo de se vestir. Casada com uma mulher branca, a jornalista também viveu situações ao lado da companheira, como quando foi questionada se era funcionária da sua mulher em uma agência bancária.
Renata, que atua na Região dos Lagos há 20 anos, conta que esse não é o primeiro preconceito que viveu ao longo da sua carreira. Em algumas situações, ela foi julgada pela cor da sua pele e modo de se vestir. Casada com uma mulher branca, a jornalista também viveu situações ao lado da companheira, como quando foi questionada se era funcionária da sua mulher em uma agência bancária.
"Acredito que esse cartaz seja fruto de algum higienista social. A região está sendo atacada por extremistas e conservadores, como eu mesma relatei em matéria na semana passada".
Para Renata, o fato de ela ser uma profissional de destaque na região e bem relacionada deve incomodar “algumas pessoas”: "Algumas pessoas devem achar que eu não deveria estar no lugar que ocupo como profissional. Essa ação acabou me abrindo gatilhos de situações passadas onde sofri com o preconceito".
Renata também é editora do DIA na Região dos Lagos, além de atuar como colunista de política e tem um portal de notícias na localidade. "Mesmo sendo uma profissional bem sucedida, não escapo do racismo".
O prefeito de São Pedro da Aldeia, Fábio do Pastel, lamentou o ocorrido em rede social e prestou solidariedade e apoio à jornalista.
Para Renata, o fato de ela ser uma profissional de destaque na região e bem relacionada deve incomodar “algumas pessoas”: "Algumas pessoas devem achar que eu não deveria estar no lugar que ocupo como profissional. Essa ação acabou me abrindo gatilhos de situações passadas onde sofri com o preconceito".
Renata também é editora do DIA na Região dos Lagos, além de atuar como colunista de política e tem um portal de notícias na localidade. "Mesmo sendo uma profissional bem sucedida, não escapo do racismo".
O prefeito de São Pedro da Aldeia, Fábio do Pastel, lamentou o ocorrido em rede social e prestou solidariedade e apoio à jornalista.
"Venho a público expressar meu repúdio a qualquer ato de racismo, por palavras ou atitudes em nosso município. Recebi com tristeza a informação sobre manifestações racistas em um cartaz fixado em via pública no nosso município. Isto é inaceitável! O respeito pelo ser humano é indiscutível", escreveu o prefeito.
A jornalista disse que ainda não decidiu se vai fazer o registo do caso em uma delegacia. Na semana passada, enquanto participava da gravação do programa “UMA PROSA PODCAST”, em São Pedro da Aldeia, o estudante e ativista Wagner Muniz sofreu ataques racistas e difamação vindo de uma conta da rede social. Na ocasião, entre os comentários recebidos durante o programa estavam frases como: “Que neguin mentiroso”, “neguin assaltante” e “esse neguin sai do podcast e já vai assaltar um pai de família”.
A jornalista disse que ainda não decidiu se vai fazer o registo do caso em uma delegacia. Na semana passada, enquanto participava da gravação do programa “UMA PROSA PODCAST”, em São Pedro da Aldeia, o estudante e ativista Wagner Muniz sofreu ataques racistas e difamação vindo de uma conta da rede social. Na ocasião, entre os comentários recebidos durante o programa estavam frases como: “Que neguin mentiroso”, “neguin assaltante” e “esse neguin sai do podcast e já vai assaltar um pai de família”.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.