Ex-governador Anthony Garotinho volta a ser elegível após decisão do SupremoFoto/Rede social
Publicado 02/07/2022 15:05 | Atualizado 02/07/2022 15:07
O ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) comemorou a decisão de Kassio Nunes Marques, que mudou o voto nesta sexta-feira (1º), no STF, e anulou a condenação que tornava o político inelegível. Nas redes sociais, o pré-candidato e a filha, Clarissa Garotinho, celebraram o acontecimento.
O primeiro ministro indicado por Jair Bolsonaro para o Supremo seguiu o voto do relator Ricardo Lewandowski, que defendeu a anulação da sentença da Operação Chequinho por falta de perícia para garantir a validade de provas obtidas em um computador apreendido na prefeitura de Campos dos Goytacazes.
Nas redes sociais, o político comemorou a decisão do STF com um vídeo. Sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS), também publicou um texto celebrando a condição do pai para próxima eleição. "Nossos sonhos não serão negociados! A vida precisa ser vivida com coragem, propósito, perseverança e fé!", escreveu ela.
Apesar da decisão, Garotinho tem a maior rejeição entre os pré-candidatos ao governo do Rio nas eleições deste ano. De acordo com pesquisa do Datafolha desta sexta-feira (1), 45% dos fluminenses entrevistados responderam que não votariam no ex-político de jeito nenhum.

Condenação
Em março de 2021 o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) elevou a condenação do ex-governador a 13 anos e nove meses de prisão e multa pelo crime de compra de votos nas eleições municipais de 2016 em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

A condenação criminal em segunda instância de Garotinho tornou ele inelegível pelo prazo de 8 anos a partir da data de condenação.

O ex-governador foi condenado pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação no curso do processo. A prática foi constatada pela própria Promotoria ELeitoral de Campos dos Goytacazes no âmbito da Operação Chequinho.

Segundo os investigadores, o esquema funcionava com o uso irregular do programa social Cheque Cidadão, da prefeitura de Campos, como ferramenta de compra de votos. À época do crime, a prefeita do município do Norte Fluminense era a esposa de Garotinho, Rosinha Matheus.
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