Publicado 04/07/2022 16:07 | Atualizado 04/07/2022 16:16
Rio - O deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) foi denunciado pelo crime de violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly (Psol). De acordo com a denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro, órgão do Ministério Público (MP) Eleitoral/RJ, Amorim fez, em 17 de maio, um discurso em que assediou, constrangeu e humilhou Benny. Ela teria sido menosprezada e discriminada por sua condição de mulher trans. O caso foi relatado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ). A condenação por decisões como essa de TREs sujeita réus a inelegibilidade por oito anos.
Para o MP Eleitoral, esse crime eleitoral buscou impedir e dificultar o desempenho do mandato de Benny. Na denúncia, oferecida na sexta-feira (1), os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso de Oliveira (titular) e José Augusto Vagos(auxiliar) citaram que o discurso teve transmissão ao vivo pela TV Alerj, e retransmissão em diversas mídias, em especial na internet, alcançando grande repercussão, e que vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções.
Para o MP Eleitoral, esse crime eleitoral buscou impedir e dificultar o desempenho do mandato de Benny. Na denúncia, oferecida na sexta-feira (1), os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso de Oliveira (titular) e José Augusto Vagos(auxiliar) citaram que o discurso teve transmissão ao vivo pela TV Alerj, e retransmissão em diversas mídias, em especial na internet, alcançando grande repercussão, e que vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções.
No Código Eleitoral, o crime imputado a Amorim tem penas entre um e quatro anos de prisão e multa (penalidades a serem elevadas em razão de condições agravantes). A condenação por decisões como as de TREs pode levar à inelegibilidade do acusado por oito anos. Conforme a denúncia, Amorim proferiu expressões como: "aberrações de 'LGBTQYZH" e "o vereador homem de Niterói parece um 'boizebu' porque é uma aberração da natureza".
"Com essas palavras o denunciado constrangeu, humilhou e perseguiu a vítima Benny Briolly, com menosprezo e discriminação, subjugando a por ser mulher-trans e com a finalidade de impedir e/ou dificultar o desempenho do seu mandato eletivo na Câmara de Vereadores de Niterói, diante de sua notória atuação profissional, parlamentar e política relacionada a pautas em defesa das mulheres e da comunidade LGBTQIA+", descreveu a denúncia da PRE.
"Com essas palavras o denunciado constrangeu, humilhou e perseguiu a vítima Benny Briolly, com menosprezo e discriminação, subjugando a por ser mulher-trans e com a finalidade de impedir e/ou dificultar o desempenho do seu mandato eletivo na Câmara de Vereadores de Niterói, diante de sua notória atuação profissional, parlamentar e política relacionada a pautas em defesa das mulheres e da comunidade LGBTQIA+", descreveu a denúncia da PRE.
Na avaliação do MP Eleitoral, a divulgação por meios de comunicação conferiu uma amplitude imensa às ofensas e humilhações proferidas, causando grave dano político à vítima em relação a sua imagem frente ao seu eleitorado e demais eleitores.
"O discurso proferido pelo denunciado vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções, além de ter sido presenciado por várias pessoas e filmado em tempo real, divulgado por meios de comunicação diversos, entre eles, a rede mundial de computadores, o que conferiu uma amplitude imensa às ofensas e humilhações proferidas, causando grave dano político à vítima em relação a sua imagem frente ao seu eleitorado e demais eleitores do país", aponta outro trecho da denúncia.
"O discurso proferido pelo denunciado vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções, além de ter sido presenciado por várias pessoas e filmado em tempo real, divulgado por meios de comunicação diversos, entre eles, a rede mundial de computadores, o que conferiu uma amplitude imensa às ofensas e humilhações proferidas, causando grave dano político à vítima em relação a sua imagem frente ao seu eleitorado e demais eleitores do país", aponta outro trecho da denúncia.
"Sou a vereadora mais votada de Niterói e a primeira travesti eleita no Estado do Rio de Janeiro… Sensação de alívio parcial, mas não definitivo. Saber que esses criminosos não estão acima da lei, me fazem prosseguir. Que o Judiciário mantenha a decisão e que eu consiga exercer meu mandato sem ataques, mandato este ao qual fui democraticamente eleita para exercer. Não serei interrompida", disse a vereadora.
Procurado pelo DIA, o deputado informou que ainda não foi notificado sobre o assunto. Também na última sexta-feira, Amorim entrou com processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra as duas procuradoras do MPF que cogitaram sua prisão preventiva por suposta ameaça endereçada por e-mail à vereadora Benny Briolly.
Procurado pelo DIA, o deputado informou que ainda não foi notificado sobre o assunto. Também na última sexta-feira, Amorim entrou com processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra as duas procuradoras do MPF que cogitaram sua prisão preventiva por suposta ameaça endereçada por e-mail à vereadora Benny Briolly.
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