Reginaldo (esquerda) sendo agredido pelo morador Gilles David (direita)Reprodução / TV Globo
Publicado 06/07/2022 14:11 | Atualizado 06/07/2022 14:27
Rio - O porteiro Reginaldo Silva de Lima, que denunciou um médico francês por racismo em Copacabana, na Zona Sul do Rio, pediu licença do trabalho por três dias. O caso aconteceu na última segunda-feira, quando Gilles David Teboul teria atacado a vítima se referindo a ela como "macaco" e a agredido fisicamente. O médico foi intimado a depor nesta terça-feira, mas não compareceu à 12ª DP (Copacabana) onde o caso foi registrado. 

Abalado com o ocorrido, Reginaldo pediu afastamento de suas funções. Ele não estaria em condições de atuar na portaria do prédio diante dos ataques feitos por Gilles.

Em entrevista à TV Globo, Reginaldo relatou que estava atendendo hóspedes estrangeiros na porta do prédio quando o morador passou e lhe chamou a atenção para um problema no elevador do prédio. O porteiro conta que teria pedido um momento para o médico, mas ele insistiu e iniciou os ataques: "Ele falou: 'Você não tem capacidade para fazer nem essa função, seu negro, macaco, vagabundo'", lembrou Reginaldo.

A vítima disse que, em seguida, Gilles foi para cima dele e o agrediu. "Ele chegou já empurrando meu pescoço. Me agrediu fisicamente. Me deu soco, me deu pontapé e começou a me xingar. Ele falou que tinha dinheiro e que não ia dar em nada. Que se eu ligasse para a polícia, ia mandar me matar", afirmou. Parte da discussão foi registrada pelo circuito interno de câmeras do prédio.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como crime de injúria racial e ameaça. Já a PM relatou que quando é chamada pela pessoa ofendida, conduz os envolvidos até a delegacia, e que os outros trâmites ficam a cargo das investigações.
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