Publicado 20/07/2022 14:19
Rio - O Instituto Fogo Cruzado divulgou, nesta quarta-feira (20), um levantamento com dados de tiroteios, mortos e feridos nas cidades da Baixada Fluminense. Somente no primeiro semestre deste ano, houve 481 tiroteios e disparos de armas de fogo na região, ou seja, uma média de 80 casos por mês. Apesar do número ser alto, representa uma queda de 20% em comparação ao mesmo período de 2021, quando 630 registros foram feitos.
Ainda segundo o relatório semestral, o número de tiroteios durante operações policiais aumentou 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os 481 registrados, pouco mais de um terço (165) aconteceu durante as ações da polícia nos primeiros seis meses de 2022.
Ao todo, 289 pessoas foram baleadas na Baixada Fluminense, sendo que 169 morreram e 120 ficaram feridas. Entre as ocorrências, 198 foram atingidas durante operações policiais, sendo 100 mortas e 98 feridas. Em 2021, o número foi um pouco menor: 286 pessoas foram atingidas por disparos de armas de fogo.
Maria Isabel Couto, diretora de programas do Instituto Fogo Cruzado acredita que as desigualdades econômicas e sociais vividas pelos moradores da Baixada Fluminense têm consequência nos elevados números da violência armada.
"A Baixada Fluminense é um espelho dos problemas da segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Facções de tráfico de drogas, grupos de extermínio, milícias e crimes de rua compõem o mapa da violência armada, que também conta com ações e operações policiais com vítimas frequentes", disse.
O levantamento aponta também que entre as vítimas deste ano, há duas crianças, quatro adolescentes e dois idosos, além de 12 agentes de segurança.
Entre as cidades com maior número de incidências de tiroteios se destaca Duque de Caxias, que registrou 176 casos e 38 mortes. Belford Roxo foi o segundo município com mais troca de tiros, com 95 registros e 33 mortes, seguido por Nova Iguaçu, que registrou 63 ocorrências e 34 óbitos.
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