Publicado 23/07/2022 10:17
Rio - A Secretaria de Saúde (SES) do Rio de Janeiro, por meio da Assessoria Técnica de Humanização, elaborou uma norma técnica para garantir que pacientes menores de idade ou portadores de necessidades especiais sejam acompanhados pelos responsáveis no centro cirúrgico no momento da indução anestésica e no retorno pós-operatório. Segundo a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Penha, mais de 1.300 pacientes já foram atendidos por meio deste protocolo, em que o acompanhante é na maioria das vezes uma mulher.
O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, afirma que a meta é expandir a prática por toda a rede estadual. "O período que antecede a cirurgia é acompanhado de grande carga emocional, repleta de medo, ansiedade, preocupação e dúvidas para o paciente e a família, sobretudo quando é uma criança. O ambiente cirúrgico, o desconhecimento em relação aos procedimentos, a linguagem técnica, instrumentos e fluxos hospitalares são fatores de estresse. A ansiedade pode ser atenuada por meio deste trabalho de humanização que estamos incentivando em todas as nossas unidades", esclarece Chieppe.
Prática reduz riscos e aprimora serviço
Segundo Rafael Fornerolli, assessor de Humanização da Secretaria, responsável pelo desenvolvimento da prática nas unidades, a prática desta norma técnica reduz riscos para o paciente e qualifica o atendimento. "Segurar a mão da criança, passando confiança e tranquilidade de um familiar num momento tão difícil foi a grande inspiração da Assessoria de Humanização para realizar esse projeto. Com a presença do acompanhante, conseguimos diminuir a ansiedade e a agitação, reduzindo o risco de laringoespasmo. Além disso, os pais se sentem mais seguros por estarem ao lado de seus filhos, o que garante um acolhimento mais resolutivo para toda a família", explica.
Luana Cruz Rodrigues da Costa é mãe de Luan, de 12 anos. O menino sofreu um corte profundo que atingiu um tendão de um dedo da mão esquerda por linha de cerol enquanto soltava pipa. Levado para o Getúlio Vargas, logo foi identificada a necessidade de cirurgia. Luana conta que a assistência recebida surpreendeu a família e ajudou a lidar com a sensação de impotência com que as mães comumente lidam nestas situações.
"Luan foi muito bem atendido. Ele é o mais velho de quatro irmãos e, pela primeira vez, passamos por essa situação. Fiquei nervosa, mas foi muito melhor do que seria se eu não pudesse estar com ele. Foi ótimo poder acompanhar meu filho e me manter mais informada sobre o tratamento. Nesse momento em que temos que manter a calma, esse serviço faz diferença e nos deixa mais tranquilos", explica ela, que ainda buscou acalmar outros familiares.
Daniele Madureira, enfermeira que coordena o Centro Cirúrgico do HEGV, ressalta que a equipe de enfermagem da unidade é treinada para realizar a visita pré-operatória a todos os leitos de pacientes com cirurgias previstas, ofertando ao paciente e a seu responsável a possibilidade de estarem juntos no processo, explicando como será o procedimento e tirando dúvidas.
"Sempre tentamos encorajar os familiares. Após o procedimento, o acompanhante é convidado a entrar na sala de recuperação pós-anestésica. Quando o paciente acorda, encontra o familiar e se sente mais confortável, sem a perda emocional causada pela ausência da pessoa em quem confia. Os familiares entendem a importância do tratamento e das recomendações. Essa prática é positiva inclusive para o serviço, porque garante o protocolo de cirurgia segura, a integridade física, psíquica e emocional do paciente, do profissional e do familiar, com ética e segurança. E ainda valoriza o serviço que prestamos à população, que compreende melhor o que é realizado", conclui.
Segundo Rafael Fornerolli, assessor de Humanização da Secretaria, responsável pelo desenvolvimento da prática nas unidades, a prática desta norma técnica reduz riscos para o paciente e qualifica o atendimento. "Segurar a mão da criança, passando confiança e tranquilidade de um familiar num momento tão difícil foi a grande inspiração da Assessoria de Humanização para realizar esse projeto. Com a presença do acompanhante, conseguimos diminuir a ansiedade e a agitação, reduzindo o risco de laringoespasmo. Além disso, os pais se sentem mais seguros por estarem ao lado de seus filhos, o que garante um acolhimento mais resolutivo para toda a família", explica.
Luana Cruz Rodrigues da Costa é mãe de Luan, de 12 anos. O menino sofreu um corte profundo que atingiu um tendão de um dedo da mão esquerda por linha de cerol enquanto soltava pipa. Levado para o Getúlio Vargas, logo foi identificada a necessidade de cirurgia. Luana conta que a assistência recebida surpreendeu a família e ajudou a lidar com a sensação de impotência com que as mães comumente lidam nestas situações.
"Luan foi muito bem atendido. Ele é o mais velho de quatro irmãos e, pela primeira vez, passamos por essa situação. Fiquei nervosa, mas foi muito melhor do que seria se eu não pudesse estar com ele. Foi ótimo poder acompanhar meu filho e me manter mais informada sobre o tratamento. Nesse momento em que temos que manter a calma, esse serviço faz diferença e nos deixa mais tranquilos", explica ela, que ainda buscou acalmar outros familiares.
Daniele Madureira, enfermeira que coordena o Centro Cirúrgico do HEGV, ressalta que a equipe de enfermagem da unidade é treinada para realizar a visita pré-operatória a todos os leitos de pacientes com cirurgias previstas, ofertando ao paciente e a seu responsável a possibilidade de estarem juntos no processo, explicando como será o procedimento e tirando dúvidas.
"Sempre tentamos encorajar os familiares. Após o procedimento, o acompanhante é convidado a entrar na sala de recuperação pós-anestésica. Quando o paciente acorda, encontra o familiar e se sente mais confortável, sem a perda emocional causada pela ausência da pessoa em quem confia. Os familiares entendem a importância do tratamento e das recomendações. Essa prática é positiva inclusive para o serviço, porque garante o protocolo de cirurgia segura, a integridade física, psíquica e emocional do paciente, do profissional e do familiar, com ética e segurança. E ainda valoriza o serviço que prestamos à população, que compreende melhor o que é realizado", conclui.
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