Publicado 26/07/2022 13:28
Rio- A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (26), na cidade de Itaocara, no Noroeste do estado, o casal Gabriel da Silva, 24 anos, e Vitória Carvalho, 21. Eles são suspeitos pela morte da própria filha, de apenas três meses. O crime aconteceu na última sexta-feira (22).
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que a criança vinha sendo agredida fisicamente pelo pai por diversos dias, pois apresentava lesões corporais com estágios diversos de evolução, caracterizando a Síndrome de Silvermann, ou seja, quando a criança é espancada. As agressões do pai contavam com a omissão da mãe.
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 135ªDP (Itaocara), que investiga o caso, a menina foi encaminhada pelos pais ao Hospital Municipal de Itaocara, mas já chegou sem vida à unidade. Uma documentação médica dos tratamentos realizados na criança comprovaram as lesões sofridas, inclusive com fraturas na tíbia e no fêmur. A perícia também confirmou as agressões.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que a criança vinha sendo agredida fisicamente pelo pai por diversos dias, pois apresentava lesões corporais com estágios diversos de evolução, caracterizando a Síndrome de Silvermann, ou seja, quando a criança é espancada. As agressões do pai contavam com a omissão da mãe.
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 135ªDP (Itaocara), que investiga o caso, a menina foi encaminhada pelos pais ao Hospital Municipal de Itaocara, mas já chegou sem vida à unidade. Uma documentação médica dos tratamentos realizados na criança comprovaram as lesões sofridas, inclusive com fraturas na tíbia e no fêmur. A perícia também confirmou as agressões.
Os profissionais da equipe médica que atenderam a vítima prestaram depoimento e confirmaram as agressões. Uma enfermeira da unidade, relatou que a bebê chegou sem respiração a unidade e que o corpo já apresentava início de rigidez.
O que diz o pai
O suspeito Gabriel da Silva negou ter agredido a criança e alegou que ela apresentava manchas roxas em razão de anemia e infecção urinária. Ele disse ainda que que a menina foi tratada por um ortopedista que teria supostamente diagnosticado que ela seria portadora da doença conhecida como Osteogenesis Imperfecta (ossos de vidro). Contudo, após investigações, foi revelado que, na realidade, ela teve a tíbia e o fêmur fraturados em uma das agressões.
O médico responsável pelo atendimento informou que orientou a mãe a realizar uma imobilização, sob pena da fratura evoluir para óbito e emitiu um encaminhamento, mas a criança não foi levada para ser imobilizada, o que agravou seu estado de saúde.
No dia da morte, o pai alegou ter colocado a filha para dormir por volta das 23h da última quinta (21), estando a menina com as manchas roxas no corpo. Ele disse ainda que, por volta de 1h da madrugada da última sexta (22) a bebê teria acordado com fome e, depois de mamar a fórmula, ela dormiu novamente.
Depois, por volta das 4h, Gabriel informou ter acordado para ir ao banheiro, juntamente de sua companheira, quando perceberam que criança estava imóvel e sem respiração. Ele alegou ter feito manobras para animar a bebê e, sem sucesso, a levou até o Hospital de Itaocara.
Ouvido novamente, ele disse que sua filha não ficava sob os cuidados de terceiros ou mesmo de parentes. Em sua defesa, disse também possuir um filho de outro relacionamento e que jamais o agrediu.
Ouvido novamente, ele disse que sua filha não ficava sob os cuidados de terceiros ou mesmo de parentes. Em sua defesa, disse também possuir um filho de outro relacionamento e que jamais o agrediu.
O que diz a mãe
A mãe afirmou, em depoimento, que a primeira marca na menina surgiu na perna no dia 26 de abril e que no dia 1º de maio apareceu um hematoma no rosto da bebê, o que a motivou a levar a criança ao hospital. Na semana seguinte, após levar a criança em um posto de saúde, recebeu encaminhamento para o Hospital de Itaperuna, cidade próxima, e foi informada no local de que sua filha estaria sendo agredida fisicamente.
Após internação, a criança teve alta no dia 15 de maio, completamente sem qualquer mancha roxa no corpo. Porém, no dia 24 de maio, Vitória novamente percebeu mais manchas rochas no peito da bebê. Já no dia 30 de maio apareceu outra mancha no maxilar da criança. Posteriormente, após perceber um inchaço no pé e procurar um ortopedista, este constatou em uma consulta a fratura de tíbia e uma segunda no fêmur, que indicava agressões.
Vitória confirmou ter sido orientada pelo ortopedista a imobilizar sua filha, contudo assim não procedeu, o que certamente contribuiu para o agravamento do quadro clínico.Ela alegou ainda que queria levar a criança a outro especialista, pois sua filha estaria bem de saúde em casa, fato não constatado pela polícia.
Uma outra testemunha, em depoimento, alega que Gabriel dominava psicologicamente Vitória, e que teria ouvido comentários de suposta agressão dele contra ela. Além disso, a mãe teria relatado a essa testemunha que no dia da morte da menina somente acordou quando Gabriel já teria constatado o óbito da criança.
Chegada à delegacia
No momento, em que o casal chegou acompanhado de policiais civiis a 135ªDP (Itaocara), eles começaram a discutir. A mulher correu em direção ao pai da criança e gritou sucessivamente; "Eu vou te matar", enquanto o homem gritava; "A culpa é sua".
O delegado Carlos Augusto Guimarães da Silva solicitou que os suspeitos parassem com a bagunça. "Não quero palhaçada dentro da delegacia, não quero bagunça aqui, você já está sendo preso, tem um mandado contra você e contra ela também, acalma seu coração que daqui a pouco a gente vai conversar", disse.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.