Policial penal é preso ao tentar entrar com celular escondido em presídioFoto: Divulgação/ Seap
Publicado 29/07/2022 17:51 | Atualizado 29/07/2022 18:53
Rio- O policial penal Ailton Francisco do Santos foi preso, nesta sexta-feira (29), quando tentava entrar no presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, com um celular escondido na carteira. A prisão do agente aconteceu graças à determinação da Subsecretaria de Gestão Operacional da Seap de submeter à revista corporal pelo scanner todas as pessoas que tentarem entrar nas unidades prisionais.
 
De acordo com a Seap, a atual gestão vem desencadeando operações sistemáticas com a finalidade de impedir a entrada de materiais ilícitos nas unidades e de identificar presos que, supostamente, venham estabelecendo comunicações com seus comparsas extramuros.
Ailton Francisco do Santos foi o terceiro policial penal preso em menos de uma semana. No último domingo (24), Marcelo Mendonça Lins, que tem 11 anos de Seap, foi preso na portaria do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho quando tentou entrar na unidade prisional com nove celulares, nove fones de ouvido, oito carregadores e uma bateria de telefone celular escondidos em três caixas de suco de uva e laranja.
Operação Ápistos
No dia 28 de julho, foi deflagrada a Operação Ápistos (Infiel), que culminou na prisão do policial penal Peterson Lopes da Silva e na apreensão de dinheiro em espécie, celular e armas de fogo, em outros locais. Peterson estava sendo monitorado pela Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário por meio de um trabalho integrado com o Ministério Público. Ele seria responsável por transportar e introduzir chips e aparelhos de telefonia celular em unidades prisionais. O material de telefonia era negociado com os presos, que utilizariam os celulares para prática de crimes como extorsões e extorsões mediante falso sequestro.
A prisão se deu em razão de cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional de Bangu, provocados pela 2ª Promotoria de Investigação Penal territorial da área de Bangu e Campo Grande. Foram realizadas buscas no local de trabalho e residência do policial e em loja de telefonia celular, localizada na Baixada Fluminense.
O policial esteve lotado até 30 de junho no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, onde os telefones eram utilizados, em sua grande maioria. Atualmente, Peterson estava lotado no Presídio Lemos Brito, unidade prisional destinada à custódia de presos integrantes de uma facção criminosa com forte atuação no tráfico de drogas, onde o agente insistia com a prática ilícita. Os aparelhos de telefonia eram adquiridos por Peterson numa loja no município de Nilópolis, de propriedade de Felipe Ferreira Vieira. Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público (CSI/MPRJ) cumpriram o mandado de busca e apreensão na loja de Felipe. Peterson e o material apreendido foram apresentados na Delegacia de Polícia, onde foi feito o registro de ocorrência. Ele tem 47 anos e estava há seis anos na Seap.
 
Leia mais