Material usado para fraude bancária apreendido pela Polícia Federal durante operação 'Não Seja Um Laranja'Divulgação
Publicado 02/08/2022 10:27
Rio - A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (2), a Operação 'Não Seja um Laranja', para desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do país. No Rio, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo eles dois em Santa Cruz e três no Recreio dos Bandeirantes, bairros da Zona Oeste da capital, além de um em Três Rios, no Sul do estado.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos no total 43 mandados de busca e apreensão em 12 estados (Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além de RJ) e no Distrito Federal. A operação conta com apoio das polícias Civil do Distrito Federal, Pará e São Paulo.
Aumento do número de 'laranjas'
Nos últimos anos, a Polícia Federal afirma que detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais "emprestam" suas contas bancárias, mediante pagamento. Este "lucro fácil", com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como "laranjas".
A PF alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.

Tentáculos

A ação é resultado de mais uma iniciativa da Força-Tarefa Tentáculos, instituída pela Polícia Federal para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas, a qual envolve esforço cooperativo e integração com as Polícias Civis e as instituições bancárias, por meio da Febraban.
Destaca-se o apoio operacional da Unidade Especial de Investigação a Crimes Cibernéticos, a qual iniciou as atividades recentemente e já tem participação em sua segunda operação de grande porte.
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