INTO forma a primeira turma de pacientes do Centro de Amputados no Projeto de Inclusão DigitalDivulgação
Publicado 17/08/2022 19:12 | Atualizado 17/08/2022 19:35
Rio - O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) formou a primeira turma de pacientes do Centro de Amputados no Projeto de Inclusão Digital. O projeto, idealizado pelo instituto, tem como objetivo ensinar na prática ferramentas digitais básicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

“Mais do que promover o acesso ao conhecimento tecnológico, o projeto – que se baseia no cuidado ampliado do paciente – busca melhorar a autonomia e a capacidade de transformar a própria realidade", destaca Fátima da Silva Alves, coordenadora da Área de Política Nacional de Humanização (APNH/INTO).
 


Segundo o INTO, o projeto foi desenhado a partir das necessidades dos próprios pacientes. “Nós identificamos essa carência por meio de conversas com eles e enxergamos que era preciso inclui-los digitalmente, construindo em conjunto um curso que se adequasse à realidade de cada um”, contam Mariana Moreira, assistente social da Área de Reabilitação, e Priscila Mignot, psicóloga do Centro de Amputados.

No curso, com aulas teóricas e atividades sobre serviços digitais e armazenamento de dados, os alunos aprenderam sobre assuntos como a Revolução Industrial e a História da Tecnologia. “Eles passam a ter consciência que já estão no mundo digital, sendo capacitados para usar recursos fundamentais hoje em dia, como a criação de e-mail, a navegação na internet e o uso de aplicações em nuvem”, explica um dos professores do curso, David Oliveira, da Área de Humanização.


Depoimentos dos alunos

Formando do projeto, Jorge Oliveira, de 52 anos, disse que o curso de inclusão digital ampliou seu horizonte. “Eu não sabia mexer em nada relacionado a computador e aprendi muito no curso. Quero, inclusive, comprar um computador para mim”. A amputação do antebraço não foi um empecilho durante as aulas: com o apoio da equipe de Terapia Ocupacional, Jorge recebeu uma adaptação que possibilitou o uso do mouse.

Já para Eliezer de Araújo Ramos, de 44 anos, o projeto teve um outro significado. “A convivência foi uma oportunidade para todos nós de trocarmos experiências, conhecer a história do outro, de nos integrarmos”, ressaltou.

A diretora do INTO Germana Bahr destacou a importância da realização do projeto. “A inclusão dialoga com os valores do Instituto e é parte fundamental do próprio processo de reabilitação dos pacientes”.
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