Publicado 19/08/2022 14:44
Rio - Casado, pai de três filhos, ex-sargento da Polícia Militar e cristão. Essas são as características do vereador Chagas Bola (União Brasil-RJ), o único que votou contra a cassação do mandato do youtuber e ex-policial militar, Gabriel Monteiro (PL) na última quinta-feira, 18. Com 48 votos a favor, Gabriel Monteiro teve seu mandato cassado e é investigado por filmar e ter relações sexuais com uma adolescente de 15 anos, estupro e por forjar vídeos na internet.
Ao DIA, o vereador disse que já existia uma disponibilidade prévia do vereador Chico Alencar, relator do caso, de elaborar um parecer a favor da cassação de Gabriel Monteiro. Isso porque, na sua visão, já havia indisponibilidades anteriores entre Gabriel Monteiro e Chico Alencar. “Ele deveria ser declarado impedido de ser o relator”, disse.
Segundo o vereador, a pena aplicada a Gabriel Monteiro é muito dura comparada às ações de quebra de decoro. “Se fosse uma votação de suspensão eu seria a favor, mas a cassação de Gabriel foi excessiva. É como alguém ir para a cadeira elétrica porque avançou um sinal vermelho. Até porque ele ainda não foi condenado na justiça. Se ele tivesse sido condenado na justiça eu seria o primeiro a defender que ele deveria ser cassado”, completou.
Segundo o vereador, a pena aplicada a Gabriel Monteiro é muito dura comparada às ações de quebra de decoro. “Se fosse uma votação de suspensão eu seria a favor, mas a cassação de Gabriel foi excessiva. É como alguém ir para a cadeira elétrica porque avançou um sinal vermelho. Até porque ele ainda não foi condenado na justiça. Se ele tivesse sido condenado na justiça eu seria o primeiro a defender que ele deveria ser cassado”, completou.
Por fim, Chagas cita o fato de que um número grande de vereadores esperava na sala inglesa, sala anexa ao plenário da câmara, e pretendiam se abster da votação. Porém, quando o número de votos atingiu os dois terços favoráveis à cassação de Gabriel, estes vereadores entraram no plenário e também votaram pela cassação. “Eu fui o único que teve coragem de votar de acordo com minhas convicções e não de acordo com a conveniência”, finalizou.
Nas redes sociais, o vereador Chagas Bola se identifica como cristão, a favor da família e patriota. Bola foi eleito o primeiro suplente do PSL na última eleição e assumiu em abril o lugar do ex-vereador Rogério Amorim (PSL-RJ).
Antes de ser eleito vereador em 2020, Chagas tentou disputar pelo mesmo cargo em 2016, mas fracassou. Na primeira tentativa, como candidato a vereador pelo PSC, conseguiu somente 3.537 votos e não foi eleito. Em 2018, tentou uma vaga de deputado federal pelo PSL e teve 28.135 votos, o que garantiu a segunda suplência do partido. Já em 2020, foi o segundo mais votado da legenda para vereador do Rio, com 6.164 votos, ficando com a primeira suplência.
No início deste mês, o vereador lamentou a morte de um colega policial e, em postagem nas redes sociais, questionou a existência dos direitos humanos para os policiais. "Meu irmão de farda foi enterrado hoje. Não vi noticiários, não vai haver comoção no jornal, a gl0bo LIX0 não vai te lembrar todo mês, não vai ter ONG procurando a família, NÃO VAI EXISTIR DIREITOS HUMANOS porque ele era POLICIAL e não faz o estereótipo que “eles” defensores das “vítimas da sociedade” gostam. Eu repudio todos vocês que apoiam vagabundos! Sua morte não será em vão, irmão!", escreveu.
Antes de ser eleito vereador em 2020, Chagas tentou disputar pelo mesmo cargo em 2016, mas fracassou. Na primeira tentativa, como candidato a vereador pelo PSC, conseguiu somente 3.537 votos e não foi eleito. Em 2018, tentou uma vaga de deputado federal pelo PSL e teve 28.135 votos, o que garantiu a segunda suplência do partido. Já em 2020, foi o segundo mais votado da legenda para vereador do Rio, com 6.164 votos, ficando com a primeira suplência.
No início deste mês, o vereador lamentou a morte de um colega policial e, em postagem nas redes sociais, questionou a existência dos direitos humanos para os policiais. "Meu irmão de farda foi enterrado hoje. Não vi noticiários, não vai haver comoção no jornal, a gl0bo LIX0 não vai te lembrar todo mês, não vai ter ONG procurando a família, NÃO VAI EXISTIR DIREITOS HUMANOS porque ele era POLICIAL e não faz o estereótipo que “eles” defensores das “vítimas da sociedade” gostam. Eu repudio todos vocês que apoiam vagabundos! Sua morte não será em vão, irmão!", escreveu.
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