Publicado 23/08/2022 09:21
Rio - Policiais federais deflagaram, na manhã desta terça-feira (23), uma ação para desarticular uma organização suspeita de tráfico internacional de pessoas para exploração sexual, em Búzios, na Região dos Lagos. Os agentes visam cumprir um mandado de prisão preventiva e três de busca e apreensão na operação "Lenocinium". Em latim, o termo significa tráfico de escravas para a prostituição.
O grupo foi descoberto após uma vítima, mantida em cárcere depois de ter aceitado ir para a Itália com uma promessa de emprego, conseguir fugir e denunciar a quadrilha. Na cidade de Búzios, ela foi arregimentada por uma agenciadora e levada para aquele país com todas as despesas pagas.
O grupo foi descoberto após uma vítima, mantida em cárcere depois de ter aceitado ir para a Itália com uma promessa de emprego, conseguir fugir e denunciar a quadrilha. Na cidade de Búzios, ela foi arregimentada por uma agenciadora e levada para aquele país com todas as despesas pagas.
Suspeita fugiu para a Itália
Uma mulher, que seria o alvo principal da operação, não foi localizada. Ela teria fugido para a Itália e já se encontra na lista vermelha da Interpol. Documentos que vinculam ela à quadrilha foram encontrados e apreendidos. Os demais mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
De acordo com o delegado federal Ozildo Borges, responsável pela investigação, a vítima foi aliciada pela criminosa e viajou com ela até a cidade de Empoli. Chegando no local, foi mantida em cárcere privado, ameaçada e obrigada a se prostituir diariamente. Ela conseguiu escapar e pediu ajuda à polícia daquele país.
"Através da informação das autoridades italianas, conseguimos deflagrar essas investigações e identificamos os demais envolvidos na organização. Representamos, então, à Justiça Federal do município de São Pedro da Aldeia, pedindo a prisão preventiva da exploradora, que não foi localizada, e é considerada foragida. Os demais mandados foram cumpridos", disse.
Segundo a Polícia Federal, as ações buscam confirmar os indícios de que os criminosos atuam numa rede de prostituição do Brasil ligada à máfia italiana, tanto para o tráfico internacional de mulheres, quanto para o tráfico de drogas para o exterior. Os agentes buscaram apreender computadores, aparelhos celulares e documentos dos investigados.
As penas para os crimes de tráfico internacional de pessoas, para fins de exploração sexual, e de drogas, variam de 4 a 20 anos de reclusão e multa.
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