Mansões e carros de luxos pertencem a pais e alunos que participam do esquema criminosoDivulgação/PF
Publicado 24/08/2022 14:18
Rio - A Polícia Federal realizou a segunda fase da Operação Falso Positivo, que investiga estudantes de medicina suspeitos de falsificar documentos. Na manhã desta terça-feira (23), a PF atuou para apreender veículos identificados na primeira fase e bloquear os ativos financeiros dos indiciados. Foram cumpridos quatro mandados nas cidades de Campos dos Goytacazes e Itaperuna, no Norte Fluminense, e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo.
Foram apreendidos quatro veículos de alunos da Faculdade de Medicina de Campos (FMC) ou de seus pais, que também teriam participado dos crimes investigados. Os acusados não tiveram as identificações reveladas. Quanto ao bloqueio de ativos financeiros, a PF informou que aguarda a contabilidade da Justiça Federal para tomar as medidas cabíveis.
A investigação apura fraudes cometidas por alunos do curso de medicina da FMC, que prestaram declarações falsas e falsificaram documentos para se passar por pessoas de baixa renda. Os estudantes eram beneficiados com bolsas de estudos integrais na universidade.
De acordo com a PF, alguns dos alunos utilizavam suas inscrições no CadÚnico do Governo Federal para se passarem por pessoas de baixa renda. Com isso, eles - e, em alguns casos, os próprios pais- também receberam o Auxílio Emergencial. Os prejuízos causados pelos estudantes tanto à faculdade quanto aos cofres públicos somam R$ 2,7 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
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