Bruno Krupp está preso por atropelar e matar o adolescente João Gabriel CardimFoto: Rede Social
Publicado 24/08/2022 18:28
Rio - O influenciador e modelo Bruno Krupp não tentou frear a moto antes de atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A informação consta nos laudos periciais do Instituto Carlos Éboli feitos no veículo e também no local onde o acidente aconteceu, na Avenida Lúcio Costa.

O laudo, obtido pela reportagem do DIA, contraria a versão inicial da defesa, que sustentava a versão do próprio influenciador de que a moto teria apresentado uma pane nos freios. De acordo com o documento, mesmo com avarias provocadas pela colisão da moto com o adolescente, o veículo ainda estava com os freios funcionais.
"O pedal do freio se encontrava íntegro e com acionamento do freio traseiro, durante os exames periciais; Foi possível realizar testes no freio dianteiro com êxito, mesmo com a fratura parcial da respectiva alavanca, localizada na manete direita", informa um trecho do documento.
RJ - Moto do influenciador digital Bruno Krupp, no pátio da 16DP, na Barra da Tijuca. Ele é acusado de atropelar e matar o jovem de 16 anos, João Gabriel, na Barra da Tijuca. Nesta quinta (04). - Cléber Mendes/Agência O Dia
RJ - Moto do influenciador digital Bruno Krupp, no pátio da 16DP, na Barra da Tijuca. Ele é acusado de atropelar e matar o jovem de 16 anos, João Gabriel, na Barra da Tijuca. Nesta quinta (04).Cléber Mendes/Agência O Dia

Também não foram encontradas marcas de frenagem no local, além de a visibilidade no momento do acidente ser considerada boa.
O modelo não tinha habilitação, pilotava uma moto sem placa e estava em velocidade acima do permitido pela via, na altura do Posto 3, na Barra da Tijuca. Um dos laudos periciais sugere que Bruno Krupp conduziu sua moto em velocidades entre 126,1 km/h e 152,1 km/h. O modelo está em prisão preventiva. João Gabriel chegou a ser socorrido, mas morreu em decorrência dos ferimentos. O caso aconteceu no último dia 30 de julho.
A defesa do modelo foi procurada pela reportagem e disse que a perícia foi feita dias após o acidente. Por isso, o local não estaria devidamente preservado, o que prejudica o resultado da análise.
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