Publicado 25/08/2022 09:35 | Atualizado 25/08/2022 11:33
Rio - A Justiça do Rio de Janeiro pode determinar o fim da paralisação dos rodoviários de Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (25), após um pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários em Duque de Caxias (Setransduc). Nesta quarta (24) havia sido decidido, pelos rodoviários, pela continuidade da greve.
Nesta tarde, uma audiência será realizada, às 14h30, na Sessão Especializada em Dissídios Coletivos (Sedic) do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em relação ao fim da greve nesses municípios. De acordo com informações de representantes das empresas de transportes, a paralisação já foi finalizada e os ônibus voltaram a circular na cidade. Segundo o TRT, até o momento, não há nenhuma decisão relacionada a paralisação.
Além disso, há uma outra ação na justiça, cuja decisão saiu nesta quarta-feira, em relação a quatro rodoviários, que seriam os líderes da manifestação. O documento, assinado pela juíza Renata Jiquirica, determina "imediata expedição de mandados de verificação, devendo o Oficial de Justiça requisitar força policial para acompanhamento a fim de que seja cumprida a decisão", e que "deverão ser expedidos 2 mandados, um para ser cumprido na viação Vera Cruz e Viação União e outro no Transportes Fabios e Viação Reginas".
A magistrada também pede para que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Duque de Caxias e Magé comprovem, dentro de 24h, que os quatros nomes citados na ação sejam de associados do Sindicato. Caso contrário, prevê multa de R$ 80 mil por dia.
Nesta tarde, uma audiência será realizada, às 14h30, na Sessão Especializada em Dissídios Coletivos (Sedic) do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em relação ao fim da greve nesses municípios. De acordo com informações de representantes das empresas de transportes, a paralisação já foi finalizada e os ônibus voltaram a circular na cidade. Segundo o TRT, até o momento, não há nenhuma decisão relacionada a paralisação.
Além disso, há uma outra ação na justiça, cuja decisão saiu nesta quarta-feira, em relação a quatro rodoviários, que seriam os líderes da manifestação. O documento, assinado pela juíza Renata Jiquirica, determina "imediata expedição de mandados de verificação, devendo o Oficial de Justiça requisitar força policial para acompanhamento a fim de que seja cumprida a decisão", e que "deverão ser expedidos 2 mandados, um para ser cumprido na viação Vera Cruz e Viação União e outro no Transportes Fabios e Viação Reginas".
A magistrada também pede para que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Duque de Caxias e Magé comprovem, dentro de 24h, que os quatros nomes citados na ação sejam de associados do Sindicato. Caso contrário, prevê multa de R$ 80 mil por dia.
O técnico de refrigeração Rodrigo Gomes, de 35 anos, é morador de Caxias e necessita de uma linha que faz o trajeto até a Tijuca mas, segundo ele, ainda estão faltando ônibus.
"Ontem o dia começou meio complicado, um transtorno que já não vem de hoje, ocorre todos os dias. Há falta de de ônibus circulando na linha Caxias x Saens Peña e ontem foi pior ainda, eu saí de casa para poder trabalhar e eu reparei que a condução estava demorando bastante. E hoje, pelo visto, está acontecendo o mesmo. Não sei se é só aqui ou se é outros lugares, mas é uma coisa que tem que melhorar bastante", desabafou.
"Ontem o dia começou meio complicado, um transtorno que já não vem de hoje, ocorre todos os dias. Há falta de de ônibus circulando na linha Caxias x Saens Peña e ontem foi pior ainda, eu saí de casa para poder trabalhar e eu reparei que a condução estava demorando bastante. E hoje, pelo visto, está acontecendo o mesmo. Não sei se é só aqui ou se é outros lugares, mas é uma coisa que tem que melhorar bastante", desabafou.
A paralisação foi iniciada na madrugada de quarta-feira. Os rodoviários foram às ruas de Caxias, durante a tarde, para exigir reajuste salarial de 11,71% no salário retroativo a 1º de junho, com gritos de "Amanhã não sai ninguém".
De acordo com Cristina da Silva, também moradora da cidade, os transtornos para conseguir utilizar os transportes coletivos são diários e com a greve, a situação piorou. Ela ainda disse que perdeu um dia de trabalho por conta da greve. "Ontem eu não consegui pegar um ônibus para ir ao trabalho, mas hoje tomara que eu consiga para trabalhar. Essa fila que tem aqui é direto, todo dia, é bem precário. Aqui tem demora, tem que esperar a vontade dos ônibus de sair, às vezes a gente chega tarde no serviço por causa disso".
Ao todo, 50% da frota de ônibus que roda dentro destes municípios, além dos que ligam as duas cidades a outros locais, não foram para as ruas nesta quarta. A última proposta feita pelos patrões aos rodoviários foi um reajuste de 5%, que não foi aceito pela categoria.
O que pede a classe
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Caxias e Magé estipulou na última quarta-feira (17) estado de greve, com paralisação marcada para esta quarta (24) por tempo indeterminado. Duas reuniões foram realizadas sem que chegassem a um número que agradasse a ambos. Uma das reivindicações é um reajuste de 11,71% no salário retroativo a junho. A última proposta apresentada pelas empresas foi um reajuste de 5%, que não foi aceito por eles.
Por meio de nota, o Setransduc, sindicato que representa as empresas de ônibus em Caxias e Magé, informou que foi surpreendido com a paralisação parcial dos rodoviários e já solicitou à Justiça a decretação da ilegalidade do movimento, uma vez que foi celebrado, na segunda-feira (22), um acordo para o reajuste salarial da categoria e a redução no desconto referente à cesta básica, na Delegacia Regional do Trabalho de Caxias.
A reunião de mediação contou com a presença de representantes legais dos sindicatos patronal e dos trabalhadores, além de uma comissão de rodoviários e dos advogados das duas partes, com a mediação da Delegacia Regional do Trabalho. "Desta forma, o movimento contraria o que foi estabelecido na negociação e pode ser considerado ilegal. O Setransduc reforça que as empresas estarão com toda a frota disponível para operação normal, e espera o retorno imediato ao trabalho dos rodoviários que aderiram à paralisação, a fim de normalizar o serviço e evitar mais transtornos à população de Caxias e Magé", disse.
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