Publicado 25/08/2022 15:29
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde de Valença divulgou, nesta quarta-feira (24), a morte de um homem de 56 anos por complicações de febre maculosa. O óbito ocorreu no fim de julho no Hospital Escola, no Centro do município no Sul Fluminense.
A doença, considerada rara, é transmitida pela picada do carrapato-estrela. De acordo com a secretaria, o homem era morador do distrito de Barão de Juparanã e trabalhava em uma propriedade rural. A suspeita é de que ele tenha contraído a doença no ambiente de trabalho.
A Secretaria de Saúde informou que, segundo especialistas, para desenvolver a doença é necessário estar em contato com o carrapato de seis a 10 horas. A doença tem cura, mas, para evitar complicações graves, é necessário que o tratamento se inicie logo após a manifestação dos primeiros sintomas.
Paralisia, inflamação do cérebro, insuficiência respiratória ou insuficiência renal são algumas das situações que podem colocar a vida do paciente em perigo. Uma das principais complicações da febre maculosa é a infecção do sistema nervoso central, causando encefalites, confusão mental, delírio, entre outros sintomas ligados ao sistema central.
Paralisia, inflamação do cérebro, insuficiência respiratória ou insuficiência renal são algumas das situações que podem colocar a vida do paciente em perigo. Uma das principais complicações da febre maculosa é a infecção do sistema nervoso central, causando encefalites, confusão mental, delírio, entre outros sintomas ligados ao sistema central.
Febre maculosa
De acordo com a Fiocruz, a febre maculosa uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser desde assintomática até casos graves com alta possibilidade de morte. No Brasil, os casos graves estão associados à infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela.
Os sintomas são: febre alta, dores de cabeça, dores musculares, exaustão, hemorragia, náuseas e vômitos. Com a evolução da doença, é comum o aparecimento de manchas vermelhas, conhecidas como máculas, na pele do paciente.
A transmissão é feita pelo carrapato infectado, que precisa ficar preso na pele. Se a pessoa estiver com alguma ferida, o contágio pode acontecer no momento do esmagamento. Não há risco de transmissão de pessoa para pessoa.
O tratamento é realizado com uso de um antibiótico específico e de baixo custo, ingerido via oral. Porém, em pacientes mais graves, o remédio deve ser introduzido diretamente na veia. O paciente deve buscar ajuda médica o mais rápido possível. A partir do 7º dia de doença, a lesão torna-se, geralmente, irreversível e a morte é inevitável.
O grau de letalidade é considerado alto. Apesar da baixa frequência, a taxa de mortalidade é elevada por conta da agressividade da doença, além da falta de diagnóstico e de tratamento precoce. Segundo a Fiocruz, todas as mortes por febre maculosa nas últimas décadas no Rio de Janeiro tiveram diagnóstico inicial de dengue.
A principal forma de prevenção é evitar áreas infestadas por carrapato, principalmente de maio a outubro. Também é preciso ter um controle dos carrapatos em animais, como cavalo e cachorro, com o uso de carrapaticidas sob orientação de médicos veterinários. Se entrar em contato com a pele, o carrapato deve ser removido com rapidez e cuidado para não esmagá-lo.
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