Greve na Guarda Municipal do Rio: sindicato diz que 51% aderiram à greve, mas corporação nega

Alguns agentes usam tênis, jeans e um colete verde para operar nas proximidades do Rock in Rio

Em greve, guardas municipais usam tênis e jeans para trabalhar na cidade do Rio, neste sábado (3)Divulgação
Publicado 03/09/2022 16:50
Rio - O Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (Sisguario) informou que 51% dos guardas não foram para as ruas neste sábado (3) em decorrência da greve que a categoria faz desde às 6h de sexta-feira (2). A paralisação acontece durante um dos maiores festivais do país, o Rock in Rio. A Guarda Municipal nega a ausência do efetivo e afirma que todas suas operações, tanto as de rotina quanto a especial para o Rock in Rio, acontecem sem problemas neste sábado.
A categoria reivindica reajuste do tíquete refeição/alimentação para R$ 650, reposição da inflação acumulada em 26% (2019-2022), pagamento de uniformes e cumprimento da Lei 13.022/2014, que prevê plano de carreira única. A classe alega que há 12 anos nenhum guarda é promovido.
Em entrevista ao DIA, o presidente do Sisguario, Rogério Chagas, denunciou o descaso da Prefeitura do Rio com os trabalhadores. "A Guarda Municipal não paga uniforme dos servidores há mais de 8 anos. Hoje uma parte do efetivo está em um evento internacional usando tênis, calça jeans e um colete verde por cima. Eles também não aumentam o ticket alimentação há 12 anos. Para se ter ideia, sou subinspetor da GM e só porque não é aplicado os 26% da reposição da inflação, eu deixo de ganhar R$ 2.400 por mês", disse. Há ainda, segundo Rogério, 1.500 concursados de 2012 aguardando serem chamados.
Chagas reforçou que não há diálogo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. "Até o presente momento, tanto o prefeito quanto o inspetor geral da Guarda Municipal, exatamente como fizeram com as tentativas incansáveis de estabelecer uma negociação, ignoraram a decisão da categoria em assembleia de paralisação, realizada no dia 17 de agosto, da qual tomaram ciência inclusive por meio da imprensa. Para mim esse descaso simboliza a falência administrativa da GM, que tem hoje 7.300 guardas. A cidade está toda descoberta e os 30% estão com a visibilidade de uniforme como um lixo para o Rock in Rio", disse.
Chagas também mencionou o lanche oferecido aos guardas que estão em serviço nesta tarde. Foi disponibilizado, segundo ele, pão, banana e ovo. A orientação do Sindicato para os trabalhadores é para se manterem mobilizados. 
Lanche oferecido aos guardas municipais do Rio - Divulgação
Lanche oferecido aos guardas municipais do RioDivulgação
Já a GM, além de negar a falta de efetivo na cidade, informou que a operação para o Rock in Rio já registrou neste sábado uma condução para delegacia de dois ambulantes que estavam com drogas e um cutelo. Eles estavam no entorno de uma das estações do BRT que dá acesso ao festival.
Ambulantes são presos com drogas e cutelo próximo ao festival Rock in Rio 2022Divulgação
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Publicado 03/09/2022 16:50
Rio - O Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (Sisguario) informou que 51% dos guardas não foram para as ruas neste sábado (3) em decorrência da greve que a categoria faz desde às 6h de sexta-feira (2). A paralisação acontece durante um dos maiores festivais do país, o Rock in Rio. A Guarda Municipal nega a ausência do efetivo e afirma que todas suas operações, tanto as de rotina quanto a especial para o Rock in Rio, acontecem sem problemas neste sábado.
A categoria reivindica reajuste do tíquete refeição/alimentação para R$ 650, reposição da inflação acumulada em 26% (2019-2022), pagamento de uniformes e cumprimento da Lei 13.022/2014, que prevê plano de carreira única. A classe alega que há 12 anos nenhum guarda é promovido.
Em entrevista ao DIA, o presidente do Sisguario, Rogério Chagas, denunciou o descaso da Prefeitura do Rio com os trabalhadores. "A Guarda Municipal não paga uniforme dos servidores há mais de 8 anos. Hoje uma parte do efetivo está em um evento internacional usando tênis, calça jeans e um colete verde por cima. Eles também não aumentam o ticket alimentação há 12 anos. Para se ter ideia, sou subinspetor da GM e só porque não é aplicado os 26% da reposição da inflação, eu deixo de ganhar R$ 2.400 por mês", disse. Há ainda, segundo Rogério, 1.500 concursados de 2012 aguardando serem chamados.
Chagas reforçou que não há diálogo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. "Até o presente momento, tanto o prefeito quanto o inspetor geral da Guarda Municipal, exatamente como fizeram com as tentativas incansáveis de estabelecer uma negociação, ignoraram a decisão da categoria em assembleia de paralisação, realizada no dia 17 de agosto, da qual tomaram ciência inclusive por meio da imprensa. Para mim esse descaso simboliza a falência administrativa da GM, que tem hoje 7.300 guardas. A cidade está toda descoberta e os 30% estão com a visibilidade de uniforme como um lixo para o Rock in Rio", disse.
Chagas também mencionou o lanche oferecido aos guardas que estão em serviço nesta tarde. Foi disponibilizado, segundo ele, pão, banana e ovo. A orientação do Sindicato para os trabalhadores é para se manterem mobilizados. 
Lanche oferecido aos guardas municipais do RioDivulgação
Já a GM, além de negar a falta de efetivo na cidade, informou que a operação para o Rock in Rio já registrou neste sábado uma condução para delegacia de dois ambulantes que estavam com drogas e um cutelo. Eles estavam no entorno de uma das estações do BRT que dá acesso ao festival.
Ambulantes são presos com drogas e cutelo próximo ao festival Rock in Rio 2022Divulgação
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