Publicado 05/09/2022 15:34
Rio - O ex-jogador Léo Moura se pronunciou através de seu perfil no Instagram para informar que não compactua com as atitudes de sua irmã, Lívia da Silva Moura. Ela é suspeita de estelionato na venda de ingressos para o Rock in Rio e está sendo procurada pela Polícia Civil desde o início da manhã desta segunda-feira, 5.
"Bom dia, primeiramente agradeço aos amigos pelas mensagens de apoio e carinho comigo. Só quero deixar claro novamente que os problemas da minha irmã são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família. Não me envolvo e nem compactuo com isso. Se errou, que pague pelos erros e não cometa novamente", escreveu o ex-jogador em um story por volta das 10h. desta segunda-feira. "Tenho minha família e um nome que zelo por muitos anos. Estamos tristes pelo acontecido porque somos humanos, mas estamos e ficaremos sempre do lado que é certo", completou.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) iniciaram uma operação conjunta contra Lívia na manhã desta segunda-feira. Agentes estiveram na casa da suspeita, na Freguesia, Zona Oeste do Rio, mas não a encontraram. Mesmo sem a presença dela na casa, policiais civis cumpriram o mandado de busca e apreensão, enquanto Lívia segue foragida. No local, foram encontrados ingressos verdadeiros e falsos para o Rock in Rio.
De acordo com as investigações, ela usava o fato de ser irmã do ex-jogador para conseguir aplicar o golpe e vender ingressos falsos. Os organizadores do festival podem ter levado um prejuízo milionário por conta do crime. A Polícia Civil aponta que apenas uma das vítimas fez uma transferência para a suspeita com o valor de R$ 20,8 mil.
Lívia utilizava um site falso, utilizando o endereço eletrônico "rockinriobrasil", com grafia próxima ao site real, para aplicar os golpes, colocando ingressos com valores mais baratos. De acordo com o delegado Leandro Gontijo, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pelas investigações, a mulher já tem outras passagens por estelionato.
Segundo o MPRJ, por meio da 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, "as medidas cautelares têm o objetivo de cessar a fraude contra milhares de pessoas, vítimas do golpe aplicado pela investigada, que pode superar a casa dos R$ 300 mil. Foi determinada ainda, a apreensão de materiais de informática e telemática que serão submetidos a perícia".
A organização do Rock in Rio afirmou, por meio de nota, que a acusada não faz parte do quadro de funcionários do festival.
"Lívia da Silva Moura não faz parte da produção do evento e tão pouco tem qualquer relação com o mesmo. Não há registros de credencial emitida em seu nome e a mesma não estava trabalhando em evento teste e não faz parte da operação do festival. Assim como em todas as edições, o Rock in Rio reforça que não se responsabiliza por ingressos comprados fora dos canais oficiais de venda", disse o informativo.
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