Publicado 06/09/2022 19:24
Rio - Para combater a poluição de rios, canais e praias da Zona Sul, a Águas do Rio iniciou, na última sexta-feira (02), a fiscalização de despejo de esgoto na rede de drenagem da capital. A primeira ação aconteceu em Copacabana, com o apoio do Inea, e contou com a ajuda de um pequeno robô móvel, capaz de percorrer tubulações e identificar imóveis que jogam esgoto em galerias de águas pluviais e não na rede adequada.
As novas fiscalizações estão embasadas na Lei Federal 11.445/2007, que afirma que toda edificação, seja prédio, comércio ou casa, precisa estar conectada à rede pública de esgoto, quando essa existir.
"O esgoto lançado irregularmente acaba caindo onde deveria passar apenas a água da chuva, contaminando corpos hídricos e contribuindo com o surgimento de línguas negras nas praias, por exemplo. Isso faz com que as fiscalizações sejam extremamente importantes para proteger o meio ambiente", afirmou o diretor superintendente da Águas do Rio com atuação na capital, Sinval Andrade.
Nas ações, os técnicos acompanham por monitor as imagens registradas pelo robô enquanto percorre as tubulações de água pluvial. Se alguma contaminação for identificada, o equipamento é direcionado para descobrir sua origem. A equipe então confirma se há despejo irregular na rede ao jogar corante na caixa de ligação do edifício suspeito e acompanhar se o líquido colorido chega até a galeria de drenagem.
"Essa iniciativa é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Águas do Rio e o Inea, onde as duas entidades somam esforços, não somente com colaboradores, mas também com tecnologia para atuar no diagnóstico, buscar onde estão sendo esses despejos e notificar as pessoas que estão fazendo isso para que elas se regularizem", destaca Philipe Campello, presidente do Inea.
Prédio residencial é notificado em Copacabana
Na ação da última sexta-feira (02), um edifício da rua Cinco de Julho, em Copacabana, foi notificado pelos técnicos após constatação de que despeja esgoto na rede pluvial. O empreendimento 30 dias para realizar a adequação necessária.
Finalizado o prazo, a concessionária retornará para avaliar se a situação foi regularizada. O prédio estará sujeito a multas caso não tenha tomado providência.
"Juntamente com a fiscalização, nossas equipes farão o trabalho de sensibilização de moradores sobre o combate à poluição e o papel que cada um tem para proteger rios, canais e praias, por meio da disposição adequada do lixo, do controle do despejo de óleos e gordura na rede e do uso adequado do sistema de esgoto. O que queremos é convocar a população para que nos apoie nessa empreitada, cobrando que seus condomínios façam a coisa certa", finaliza Sinval.
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