Publicado 09/09/2022 13:04 | Atualizado 09/09/2022 14:58
Rio - O presidente da Câmara dos vereadores, Carlos Caiado (sem partido), promulgou, nesta sexta-feira (09), uma lei que estabelece que as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro ficam obrigadas a disponibilizar macas em suas dependências. O objetivo é evitar que as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fiquem retidas esperando a liberação do equipamento por longo período.
Segundo o vereador Alexandre Isquierdo (União Brasil), autor do projeto, essa demora inviabiliza o atendimento de novos chamados e coloca a vida das pessoas em risco. O parlamentar complementou que as unidades de saúde não podem atrapalhar o trabalho das equipes "com a desculpa de que não tem onde colocar os paciente".
A lei determina que as unidades de saúde do município deverão se adequar para prestar o atendimento e terão o prazo de cento e oitenta dias para se adaptarem às novas regras.
De acordo com dados apresentados pelo Corpo de Bombeiros, somente no período de 5 a 25 de julho, 343 ambulâncias ficaram paradas em hospitais de urgência e emergência, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nas Coordenações de Emergências Regionais (CERs). Em 76% dos casos, os veículos demoraram mais de uma hora para sair das unidades de saúde.
A Comissão de Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social da Câmara de Vereadores realizou, então, uma audiência pública para tratar da retenção de macas e ambulâncias do SAMU nas unidades públicas de saúde do município do Rio. Segundo relatos apresentados na reunião, normalmente, o paciente socorrido é levado para uma unidade de saúde e, por falta de leitos, utiliza a maca do veículo, o que retém as equipes e atrasa outros atendimentos.
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