Publicado 12/09/2022 20:38 | Atualizado 14/09/2022 21:30
Rio - O destino de 400 gatos que vivem no Campo de Santana, no Centro, foi selado na manhã desta segunda-feira (12). Após uma reunião intermediada pela Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio, representada no encontro pelos vereadores Luiz Ramos Filho e Marcos Paulo, foi decidido que os animais permanecerão no parque.
Ajustes finais foram feitos no termo de cooperação que será assinado pelo presidente da Fundação Parques e Jardins, Roberto Oliveira, técnicos do Iphan e a protetora Ione Franco, que alimenta os felinos da colônia há mais de 30 anos.
"Ficou estabelecido que a Fundação Parques e Jardins vai construir 30 casinhas para os felinos. O restante das casas será feito por outros órgãos da prefeitura e pelas próprias protetoras. Agora, os gatos terão um espaço para dormir e se abrigar do frio e da chuva e as casinhas vão ser construídas de acordo com as exigências do Iphan, porque o parque é tombado", explica o vereador Luiz Ramos Filho, presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio que conduziu os entendimentos entre as protetoras e os órgãos públicos.
A polêmica envolvendo a prefeitura do Rio e os protetores voluntários dos animais do Campo de Santana começou em 2019, no governo Marcelo Crivella, quando Ione Franco comprou quatro casinhas para os gatos abandonados da região. As casinhas não estavam dentro do padrão exigido pelo Iphan e foram retiradas pela prefeitura.
Desde 2004, Ione tenta instalar os abrigos no parque. No entanto, o espaço é tombado pelo Iphan e Inepac, que vinham se opondo à permanência das casinhas. O tombamento impede que qualquer modificação que altere a estrutura e o visual do ambiente seja feita sem autorização prévia dos órgãos competentes.
"Na verdade, o que algumas pessoas queriam era retirar os pobres dos gatos do Campo de Santana. Mas a lei é muito clara: não se pode remover as colônias dos animais. Espero que esta polêmica esteja superada e deixem os bichos viver em paz", disse Luiz Ramos.
Ele explica que os gatos vivem ali há mais de três décadas porque foram abandonados. E ao longo do tempo a colônia foi aumentando. "Além deles se reproduzirem, durante a pandemia o número de animais abandonados aumentou muito, porque as pessoas perderam renda e muitos destes gatinhos foram largados no Campo de Santana. As protetoras alimentam, cuidam, fazem o trabalho que o poder público deveria fazer", afirma Luiz Ramos Filho.
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