Rio tem 920 casos confirmados de varíola dos macacosDivulgação/MS
Publicado 19/09/2022 17:51
Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou, nesta segunda-feira (19), 956 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox). Além disso, há 112 casos prováveis e 369 em investigação, ou seja, com exame inconclusivo ou não coletado. Foram descartados 1.671 casos. O estado tem um total de 3.108 casos notificados, um óbito e quatro pessoas em uso de tratamento experimental. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 15h57.
Homens continuam sendo os mais atingidos pela doença no estado. São 92,9%, ou seja, 888 homens contaminados, e um total de 68 mulheres, o que equivale a 7,1%.
A faixa etária em que predominam os casos confirmados é a dos 20 aos 39 anos. São 687 pessoas contaminadas, enquanto adultos entre 40 e 59 anos são 220. O menor número é encontrado entre crianças de 0 a nove anos, que correspondem a apenas 9 casos.
Em relação à região, a Metropolitana I concentra 84% dos casos, 803. A Região Metropolitana II vem logo em seguida, com 11,4%, ou seja, 109 casos. A Baixada Litorânea tem dez casos, a Médio Paraíba contabiliza oito, a Serrana registrou cinco e a Norte e a Noroeste contabilizam três e dois, respectivamente.
As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 854 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 547 pessoas queixaram-se de febre.
Vacina contra a varíola dos macacos
O primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos deve chegar ainda este mês ao Brasil, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa "Brasil Em Pauta", da TV Brasil.

A negociação, feita com o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, conta com a intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Nessa primeira leva, devem estar disponíveis 50 mil imunizantes, os mesmos utilizados para o combate da varíola.

De acordo com o ministro, as vacinas não são para toda a população, e sim para grupos específicos. "Não há recomendação, no momento, para a vacinação em massa", esclareceu Queiroga.

Entre os grupos específicos estão profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do vírus. "Estudos já mostram que uma dose dessa pode ser fracionada em cinco doses. Então nós podemos beneficiar um número maior de pessoas. A princípio são aqueles que têm contato com o material contaminado", disse Queiroga.

O ministro da Saúde também reforçou as diferenças entre a varíola dos macacos e a covid-19. Segundo Queiroga, além da letalidade, o vírus da covid-19 apresentou inúmeras mutações no decorrer da pandemia, o que não se observa com a varíola dos macacos, que foi mapeada pela primeira vez na África, em 1976.

Queiroga reforçou ainda que os índices de contágio da varíola dos macacos estão em queda no mundo e em estabilidade no Brasil. "No mundo inteiro o surto tem diminuído, a velocidade de progressão dos casos é menor e nós estamos numa fase de platô com queda. Então esperamos que esse surto seja controlado", defendeu Queiroga.

Além da importação emergencial de doses de vacina contra a varíola dos macacos, o Ministério da Saúde também recebeu autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o antiviral Tecovirimat, que deve ser utilizado em situações graves e específicas. "O uso é diante de situações onde não temos mais alternativas para esses pacientes", salientou o ministro da Saúde.
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