Publicado 20/09/2022 16:08
Rio - A Polícia Civil vai aguardar o resultado de uma avaliação médica de Alba Valéria Campos de Oliveira, que teve parte do couro cabeludo queimado durante um procedimento de beleza, para determinar os próximos passos da investigação. A cuidadora de idosos sofreu o incidente na última terça-feira (13), após usar os tratamentos "Super Relaxante" e "BN Cor" (tintura nos cabelos) do Instituto Beleza Natural.
De acordo com a filha de Alba Valéria, a manicure Fernanda Oliveira, a assessoria do Beleza Natural entrou em contato com a família na manhã desta terça-feira (20), orientando a mulher a ir em uma consulta com uma dermatologista indicada e custeada pela companhia na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Ainda de acordo com Fernanda, a instituição, inicialmente, disse que mãe e filha deveriam ir em um carro de aplicativo para, posteriormente, serem ressarcidas pelas despesas da corrida.
"Eles queriam que nós pagássemos um carro para ir até a consulta com a minha mãe. Como que eu iria até a Barra? Eu não tenho dinheiro para isso", disse a manicure. Diante da negativa, a empresa enviou um veículo para levar a cliente até o atendimento.
Empresa nega queimaduras
A assessoria da Beleza Natural informou que tomou ciência do ocorrido e negou que os ferimentos na cabeça de Alba sejam queimaduras. Segundo a empresa, a cliente reportou uma "reação alérgica". Acrescentou ainda que estão "acompanhando o caso de perto, dando todo o suporte necessário".
A filha nega que a mãe tenha passado por um processo alérgico e reafirmou que a cuidadora de idosos passou por uma perícia no Instituto Médico Legal (IML) na tarde desta segunda-feira (19) e que, na unidade, "constataram que, de fato, houve uma queimadura".
Alba afirmou que na quarta-feira (14), um dia após realizar os procedimentos no Instituto Beleza Natural, começaram a aparecer pequenas bolinhas no couro cabeludo e, no dia seguinte, inchaços com vazamentos de pus em determinados locais, como os olhos. A vítima procurou atendimento médico na UPA do Engenho de Dentro, onde foi medicada e liberada. Na sexta-feira (16), ao acordar e não conseguir mais abrir os olhos, foi levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
Em conversa com o DIA, Fernanda Oliveira, filha de Alba, contou que, desde o fato a mãe não conseguiu mais trabalhar. "Hoje a minha mãe só chora, não consegue se olhar no espelho e fica com medo do rosto não voltar ao normal", relatou.
Nesta terça-feira (20), Fernanda informou que Alba foi ao dermatologista indicado pela Beleza Natural e contou que a empresa vai arcar com os custos dos remédios.
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