Publicado 22/09/2022 09:41 | Atualizado 22/09/2022 15:18
Rio - A Música Popular Brasileira perdeu um de seus maiores conhecedores. O escritor e pesquisador Jairo Severiano faleceu aos 95 anos. A causa da morte não foi divulgada.
Severiano, que morava em um apartamento na Zona Sul do Rio, sob os cuidados de uma enfermeira, faleceu no dia 27 de agosto. A notícia, no entanto, só veio à tona nesta quarta-feira (21), em uma postagem feita nas redes sociais pelo escritor e pesquisador Rodrigo Faour, que era muito próximo de Severiano.
Natural de Fortaleza, o pesquisador começou a se interessar pela música ainda na infância, quando morava ao lado de uma rádio. Após um período vivendo com a família no Recife, mudou-use para o Rio em 1950, com 23 anos. Na capital carioca, tornou-se torcedor do Fluminense, passou a trabalhar no Banco do Brasil e iniciou seu trabalho como pesquisador da área fonográfica.
Sua grande obra é o livro "Discografia Brasileira em 78 rpm (1902-1964)", lançado em 1982, junto com Miguel Ângelo de Azevedo, Gracio Barbalho e Alcino Santos. Escreveu, ainda, uma importante biografia do compositor João de Barro, o Braguinha, além de outros três livros. Produziu também álbuns que entraram para a história da MPB.
“É uma perda gigantesca. Alguns pesquisadores têm uma informação e tratam isso como a joia da coroa deles, guardam e não compartilham o conhecimento com ninguém. O Jairo era o oposto disso, estava sempre disponível para qualquer dúvida, era só ligar ou visitá-lo que ele estava sempre disposto a compartilhar o que conhecia”, destacou Pedro Paulo Malta, músico, jornalista e pesquisador.
Natural de Fortaleza, o pesquisador começou a se interessar pela música ainda na infância, quando morava ao lado de uma rádio. Após um período vivendo com a família no Recife, mudou-use para o Rio em 1950, com 23 anos. Na capital carioca, tornou-se torcedor do Fluminense, passou a trabalhar no Banco do Brasil e iniciou seu trabalho como pesquisador da área fonográfica.
Sua grande obra é o livro "Discografia Brasileira em 78 rpm (1902-1964)", lançado em 1982, junto com Miguel Ângelo de Azevedo, Gracio Barbalho e Alcino Santos. Escreveu, ainda, uma importante biografia do compositor João de Barro, o Braguinha, além de outros três livros. Produziu também álbuns que entraram para a história da MPB.
“É uma perda gigantesca. Alguns pesquisadores têm uma informação e tratam isso como a joia da coroa deles, guardam e não compartilham o conhecimento com ninguém. O Jairo era o oposto disso, estava sempre disponível para qualquer dúvida, era só ligar ou visitá-lo que ele estava sempre disposto a compartilhar o que conhecia”, destacou Pedro Paulo Malta, músico, jornalista e pesquisador.
"Jairo catalogou quase todos os 78 rpm feitos no Brasil (com outros autores, mas a parte dele, do Rio de Janeiro era a majoritária) e editou tudo em cinco calhamaços pela Funarte. Um trabalho que levou 11 anos, um esforço que todos nós, pesquisadores, deveremos a ele eternamente. Fora isso, biografou Braguinha, escreveu um dos raros livros mais abrangentes sobre a história da nossa música popular (que serviu de base inicial ao meu), dois outros com Zuza Homem de Mello sobre tudo que foi sucesso na nossa música entre 1900 e 1985; produziu LPs dos gênios Caymmi e Tom Jobim, entre outros trabalhos. Siga em paz, meu querido Jairo. Você fez e sempre fará a diferença", escreveu Rodrigo Faour, biógrafo de Cauby Peixoto, Dolores Duran e Angela Maria.
"Era uma pessoa adorável", exaltou a cantora Joyce Moreno em outra postagem no Facebook. No dia 1º de outubro, uma missa na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, às 10h, vai celebrar a memória de Jairo Severiano.
* Estagiário, sob supervisão de Raphael Perucci
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.