Michele da Conceição Alexandrino Leite, de 27 anos, foi morta esfaqueada no Morro do Fogueteiro, na Zona Norte do RioReprodução/Redes sociais
Publicado 24/09/2022 19:09 | Atualizado 24/09/2022 20:44
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte de Michele da Conceição Alexandrino Leite, de 27 anos, esfaqueada no Morro do Fallet-Fogueteiro, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio, na manhã deste sábado (24). Testemunhas afirmam que a vítima levou pelo menos 27 facadas do ex-marido, identificado como Pablo Souza da Silva, durante uma briga.
Após cometer o crime, o homem, que não aceitava o fim do relacionamento, teria fugido. Segundo a DHC, diligências estão em andamento para localizar o autor do crime. 
Uma equipe do 5° BPM (Praça da Harmonia) foi acionada para checar a entrada de uma mulher no Hospital Souza Aguiar ferida por golpes de faca, mas chegando à unidade de saúde os policiais foram informados de que a vítima já havia chegado morta. Michele deixa três filhos. O horário e local do enterro ainda não foi informado.
Nas redes sociais, amigos de Michele estão assustados com o crime. "Não dá pra acreditar. Como o Pablo teve coragem de fazer isso!!! Matar a Michele, uma mulher guerreira trabalhadora demais ainda não caiu a ficha"; "Que Deus cuide da alma dela e que as crianças sempre lembrem da mãe que ela foi pra eles"; "Inacreditável !! Até quando vamos ver isso? Matou a mãe dos filhos dele. Acabou o amor ao próximo. Que humanidade é essa?", escreveram alguns conhecidos da vítima.
Ainda segundo eles, Pablo é viciado em drogas e também possui passagens pela polícia por tráfico e uso de drogas. A vítima tinha uma medida protetiva contra ele.
Rio tem aumento de feminicídio
O crime de feminicídio, em seis meses, teve aumento de 18,75% no Estado do Rio em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), de janeiro a junho deste ano foram 57 mulheres mortas. Em 2021, no primeiro semestre, foram 48 casos.
As tentativas de feminicídio também aumentaram no período, subindo 11,07%. Em 2021, de janeiro a junho, foram 128 tentativas de feminicídio. Já no mesmo período deste ano, foram contabilizadas 143.
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