Publicado 26/09/2022 15:08
Rio - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar, nesta terça-feira (27), recurso do Ministério Público do Rio (MPRJ) pedindo a revisão da revogação da prisão de Monique Medeiros. O agravo contra a liberdade da mãe acusada pela morte do filho Henry Borel, de 4 anos, estava previsto para ser analisado na próxima sexta-feira, mas o órgão conseguiu antecipar a protocolação.
Essa é a segunda tentativa da acusação de reverter a decisão do ministro João Otávio de Noronha, que concedeu liberdade a Monique, no último dia 26 de agosto. Ela saiu do Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, três dias depois, no último dia 29.
A primeira peça não foi julgada pelo STJ por trazer Leniel Borel como assistente de acusação. O tribunal avaliou que o recurso não poderia ser analisado porque o pai do menino, parte interessada, fazia parte do pedido. Por isso, o MPRJ fez uma nova peça.
Na última sexta-feira, Leniel se disse aliviado por saber que a Justiça reavaliaria a soltura de Monique. Segundo ele, a liberdade da ex-professora compromete as investigações. "A Monique, solta, compromete a investigação. Ela constrange testemunhas, já limpou provas, e causa uma sensação de impunidade ao país. Pela natureza dos crimes que ela cometeu, nenhum deles permite a possiblidade dela solta", argumentou.
Na semana passada, uma foto de Monique compartilhada nas redes sociais sugeriu que ela estivesse em viagem fora do país. A suposta saída do Brasil seria para o Canadá.
Sem medidas cautelares que impliquem na permanência no Brasil, a mãe do menino Henry não estaria proibida de viajar para fora do país. "Sem prejuízo de nova decretação de medida cautelar de natureza pessoal com lastro em motivos contemporâneos", informa um trecho da decisão de soltura expedida pelo juiz do STJ.
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