Publicado 30/09/2022 08:13 | Atualizado 30/09/2022 09:15
Rio - Em apenas oito meses, casos de meningite já superam marca do ano passado. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e agosto de 2022, o número de casos da doença meningocócica no estado aumentou 55,5% quando comparado com o mesmo período anterior. Durante todo o ano de 2021, foram registrados 959 casos de meningite e 30 casos de doença meningocócica, sendo que oito morreram. Já este ano, até agosto, foram 977 casos de meningite e 28 casos de doença meningocócica, sendo que sete não resistiram.
Apesar de não haver um surto da doença no estado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para a importância dos pais e responsáveis levarem as crianças e jovens para se vacinar.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação termina nesta sexta-feira (30), mas todas as vacinas destinadas à imunização de crianças e adolescentes continuam disponíveis nos postos de saúde, incluindo três imunizantes que protegem contra a meningite.
As vacinas oferecidas nos postos que protegem contra diferentes tipos de meningite são: Meningocócica C (conjugada), que previne contra o tipo C da doença meningocócica; Penta, que evita a meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae B, além de outras quatro doenças; e a ACWY, que protege contra estes quatro sorotipos da meningite meningocócica.
As meningites
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Os tipos virais e bacterianas são as de maior preocupação para a saúde pública, por sua capacidade de causarem surtos. Em geral, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta, como também pode se dar pela ingestão de água e alimentos contaminados ou contato com fezes.
No Estado do Rio de Janeiro, a cobertura vacinal de rotina contra a meningite C em menores de 1 ano, assim como para outras doenças, vem caindo nos últimos anos. Em 2017, a taxa ficou em 91,32%; em, 2018, em 87,86%; em 2019, reduziu para 76,81%; em 2020, caiu para 57,12%; e em 2021, ficou em 54,49%. Em 2022, até o dia 22 de setembro, a taxa inserida no sistema estava em 36,38%.
A cobertura vacinal da Penta foi 93,49%, em 2017; 88,16%, em 2018; 55,15%, em 2019; 55,77%, em 2020; e 54,27%, em 2021. Este ano, até o dia 22 de setembro, a taxa está em 34,67%.
Para vacinas aplicadas em crianças e adolescentes acima de 1 ano, o Ministério da Saúde não recomenda cálculo de cobertura vacinal, mas sim o cálculo de doses aplicadas. No caso da vacina Meningocócica ACWY, por ser a aplicação recomendada para crianças e adolescentes de 11 a 14 anos, o registro também é feito desta forma. Em 2021, o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) teve o registro de 95.009 doses do imunobiológico aplicadas no estado do Rio de Janeiro. Em 2022, até setembro, foi registrada a aplicação de 36.253 doses.
Os dados podem sofrer alterações devido a atrasos na atualização da informação pelas equipes dos municípios e à atualização do site pelo Ministério da Saúde.
Meningocócica C
No Brasil, há maior predominância de circulação da meningite C. É por este motivo que o calendário vacinal público prevê, desde 2010, a aplicação da vacina meningocócica C (conjugada). O esquema vacinal prevê duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e um reforço, que deve ser feito preferencialmente aos 12 meses de idade.
Em julho deste ano, o Ministério da Saúde ampliou a oferta da Meningocócica C para trabalhadores da saúde e crianças com até 10 anos de idade. Crianças entre 5 e 10 anos que nunca receberam o imunizante devem tomar apenas uma dose. Já para os trabalhadores de saúde, a indicação é de uma dose de reforço, mesmo para aqueles com esquema vacinal completo.
Meningocócica ACWY
No início de setembro, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ampliou a idade de cobertura da vacina ACWY, que protege contra esses quatro sorotipos da meningite meningocócica. Agora, crianças e adolescentes de 11 a 14 anos podem receber o imunizante gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar da faixa etária com maior risco de adoecimento ser a de crianças menores de 1 ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela circulação da doença no país. Cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (garganta) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer. Geralmente, após a transmissão, a bactéria permanece na orofaringe do indivíduo receptor por curto período e acaba sendo eliminada pelos próprios mecanismos de defesa do organismo.
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Os tipos virais e bacterianas são as de maior preocupação para a saúde pública, por sua capacidade de causarem surtos. Em geral, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta, como também pode se dar pela ingestão de água e alimentos contaminados ou contato com fezes.
No Estado do Rio de Janeiro, a cobertura vacinal de rotina contra a meningite C em menores de 1 ano, assim como para outras doenças, vem caindo nos últimos anos. Em 2017, a taxa ficou em 91,32%; em, 2018, em 87,86%; em 2019, reduziu para 76,81%; em 2020, caiu para 57,12%; e em 2021, ficou em 54,49%. Em 2022, até o dia 22 de setembro, a taxa inserida no sistema estava em 36,38%.
A cobertura vacinal da Penta foi 93,49%, em 2017; 88,16%, em 2018; 55,15%, em 2019; 55,77%, em 2020; e 54,27%, em 2021. Este ano, até o dia 22 de setembro, a taxa está em 34,67%.
Para vacinas aplicadas em crianças e adolescentes acima de 1 ano, o Ministério da Saúde não recomenda cálculo de cobertura vacinal, mas sim o cálculo de doses aplicadas. No caso da vacina Meningocócica ACWY, por ser a aplicação recomendada para crianças e adolescentes de 11 a 14 anos, o registro também é feito desta forma. Em 2021, o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) teve o registro de 95.009 doses do imunobiológico aplicadas no estado do Rio de Janeiro. Em 2022, até setembro, foi registrada a aplicação de 36.253 doses.
Os dados podem sofrer alterações devido a atrasos na atualização da informação pelas equipes dos municípios e à atualização do site pelo Ministério da Saúde.
Meningocócica C
No Brasil, há maior predominância de circulação da meningite C. É por este motivo que o calendário vacinal público prevê, desde 2010, a aplicação da vacina meningocócica C (conjugada). O esquema vacinal prevê duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e um reforço, que deve ser feito preferencialmente aos 12 meses de idade.
Em julho deste ano, o Ministério da Saúde ampliou a oferta da Meningocócica C para trabalhadores da saúde e crianças com até 10 anos de idade. Crianças entre 5 e 10 anos que nunca receberam o imunizante devem tomar apenas uma dose. Já para os trabalhadores de saúde, a indicação é de uma dose de reforço, mesmo para aqueles com esquema vacinal completo.
Meningocócica ACWY
No início de setembro, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ampliou a idade de cobertura da vacina ACWY, que protege contra esses quatro sorotipos da meningite meningocócica. Agora, crianças e adolescentes de 11 a 14 anos podem receber o imunizante gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar da faixa etária com maior risco de adoecimento ser a de crianças menores de 1 ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela circulação da doença no país. Cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (garganta) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer. Geralmente, após a transmissão, a bactéria permanece na orofaringe do indivíduo receptor por curto período e acaba sendo eliminada pelos próprios mecanismos de defesa do organismo.
Desta forma, a condição de portador assintomático tende a ser transitória, embora possa se estender por períodos prolongados de meses a até mais de um ano. Em menos de 1% dos indivíduos infectados, contudo, a bactéria consegue penetrar na mucosa respiratória e atinge a corrente sanguínea levando ao aparecimento da doença meningocócica.
Haemophilus influenzae B
A vacina Penta protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B. A bactéria Haemophilus influenzae B pode provocar infecção no nariz, na garganta e na meninge. O imunizante é aplicado nas crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Haemophilus influenzae B
A vacina Penta protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B. A bactéria Haemophilus influenzae B pode provocar infecção no nariz, na garganta e na meninge. O imunizante é aplicado nas crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade.
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