Publicado 30/09/2022 15:38 | Atualizado 30/09/2022 16:16
Rio - A dois dias de uma das mais agitadas e polarizadas eleições desde a redemocratização, a Polícia Militar informou que terá cerca de 40 mil agentes nas ruas, 16 mil deles que sequer estavam escalados, mas reforçarão o efetivo durante o domingo (2), dia do 1º turno do pleito. Durante coletiva, porta-voz da PM detalhou como será o patrulhamento e disse esperar que população colabore para que seja um dia de paz e democracia.
A Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Secretaria Municipal de Ordem Pública e representantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) monitorarão a cidade, através de câmeras, e deliberarão qualquer ação que precise ser tomada diretamente da sala conhecida como Gabinete de Gestão de Crise, no Centro Integrado de Controle e Comando (CICC), no Centro do Rio.
Segundo Blaz, 40 mil homens e mulheres atuarão nessa operação, que começa um dia antes, às 8h do sábado (1º), com o transporte das urnas para mais de 4 mil pontos de votação no estado. Cerca de 16 mil agentes que não estavam escalados para trabalhar - seja por folga ou férias - foram convocados, formando assim o maior esquema de segurança já planejado para uma eleição.
Outro ponto é o primeiro grande evento após o início da uso das bodycam, aquelas câmeras que são acopladas aos uniformes dos policiais e registram tudo que se passa. Ao todo, serão 7500 aparelhos em operação, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar.
Além disso, quatro helicópteros da PM serão empregados durante as eleições para monitoramento dos diversos pontos eleitorais e análise das multidões. Veículos blindados também serão utilizados em aproximadamente 80 pontos sensíveis, áreas dominadas pelo tráfico e pelas narcomilícias.
"Haverá um reforço do policiamento nessas áreas para garantir a segurança da população e das urnas, como em Santa Cruz e Itaguaí, na Zona Oeste. O efetivo especializado também estará de prontidão. Homens do Bope estarão concentrados na Maré, para qualquer problema no Rio, e em São Gonçalo, para atender a demandas do outro lado da baía", disse Blaz.
Abstinência por medo de violência nas ruas
Alguns candidatos têm trabalhado pelo comparecimento dos eleitores durante o pleito. Há um temor social que a polarização desencadeia cenas de violência entre eleitores antagônicos, sobretudo para o cargo de presidente. Mais precisamente entre bolsonaristas e lulistas.
De acordo com o tenente-coronel, a PM fará um trabalho enfático em locais de grande aglomeração de pontos eleitorais e pede que a população colabore para que tenhamos um pleito sem problemas.
"Essa impressão de medo é algo que observamos constantemente nas redes sociais, mas, acima de tudo, a sociedade precisa ter em sua consciência que este é um momento importante para o exercício da nossa cidadania e a PM estará nas ruas com esse objetivo: garantir o direito de cada cidadão de votar e se manifestar em paz", afirmou.
Veto as armas
Em relação à proibição do porte de armas a cerca de 100 metros dos locais de votação, Blaz disse que o próprio TRE-RJ descartou a realização de blitz para essa fiscalização ou a utilização de detectores de metal nos locais de votação.
"Nosso contingente vai estar próximo às zonas eleitorais e o policial militar estará pronto para intervir em qualquer que seja a alteração que venha a ocorrer", concluiu.
"Nosso contingente vai estar próximo às zonas eleitorais e o policial militar estará pronto para intervir em qualquer que seja a alteração que venha a ocorrer", concluiu.
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