Publicado 03/10/2022 14:47 | Atualizado 03/10/2022 15:10
Rio - Profissionais de enfermagem realizaram, nesta segunda-feira (3), uma manifestação no Centro do Rio. Durante o protesto, houve um momento de tensão entre o grupo e policiais militares. De acordo com a corporação, "foram utilizados os meios necessários para estabilização do cenário" e a situação ficou pacífica. Um vídeo publicado pelo Sindicato de Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindenfrj) mostra o momento da confusão.
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Os ativistas interditaram a Avenida Presidente Vargas no sentido Candelária por volta das 9h. Ao 12h, o ato se concentrou na pista central, sentido Praça da Bandeira, na altura do Rio Imagem. Por fim, às 13h, os manifestantes foram para a Praça da República, em frente ao Hospital Municipal Souza Aguiar, e a via foi totalmente liberada.
O Sindenfrj estabeleceu uma paralisação de 24h, começando às 7h desta segunda. Com a determinação da Justiça, 90% dos funcionários devem continuar trabalhando na rede privada e 30% na rede pública.
A classe reivindica o piso salarial nacional que foi vetado, inicialmente, pelo ministro Luís Roberto Barroso e referenciado pela maioria do Superior Tribunal Federal (STF). A legislação suspensa em 60 dias prevê o salário mínimo da categoria de R$ 4.750 para enfermeiros; para técnicos de enfermagem, 70% do valor, isto é, R$ 3.325; e, para auxiliares e parteiras: 50% do valor, o que corresponde a R$ 2.375.
Elizabeth Guastini, diretora do Sindenfrj, esteve presente no ato. Ela informou que membros do sindicato viajam para Brasília nesta terça-feira para acompanhar uma sessão que discutirá a fonte de custeio para o piso salarial.
"Saímos do Rio Imagem e andamos até o Hospital Souza Aguiar. Amanhã, vai sair um ônibus do sindicato rumo à Brasília, onde terá uma sessão marcada no Congresso Nacional para a liberação por conta do custeio do piso salarial, de onde vai sair a fonte de custeio. Também vai ter um ato lá na quarta-feira com todos os sindicatos presentes. A pauta é o piso nacional da enfermagem, suspenso pelo STF durante 60 dias. O governo vai ter que saber de onde tirar o dinheiro", disse a diretora.
Os profissionais de enfermagem têm realizado diversas paralisações desde a suspensão do piso. No dia 14 de setembro, a classe esteve em frente ao Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte. Os manifestantes também protestaram em frente ao Hospital Quinta D'or, em São Cristóvão, no dia 21 do mesmo mês. Além disso, também houve protesto no Hospital Pasteur, no Méier.
A PM informou que Equipes do 5° BPM (Praça da Harmonia) e das Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) acompanharam a manifestação na Avenida Presidente Vargas até o fim, por volta das 14h.
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