Publicado 13/10/2022 10:28
Rio - “Eu pedi para o João prestar muita atenção e li calmamente cada palavra. Quando cheguei na parte que dizia que a Lulu adora desenhar e não gosta de barulho, ele logo tomou um choque e disse que também não gostava de barulho. Quando cheguei no final, onde dizia que ela usava um cordão colorido, ele também notou que o cordão era igual ao dele. Foi então que eu disse: a Lulu é igual a você, ela é autista”, comentou emocionada Cristiane Chaves, mãe do aluno João Chaves. O cordão a que ela se refere é um símbolo reconhecido mundialmente para identificar pessoas no espectro autista.
A emoção e alegria na declaração da mãe de João é resultado de um projeto de inclusão realizado pela equipe do EDI Professora Kelita Faria de Paula, que fica na Maré. O projeto “Vamos brincar com nossas diferenças” trabalha a inclusão envolvendo toda a comunidade escolar, e não apenas alunos e professores.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação do Rio, a iniciativa contou com a participação de todas as turmas da unidade na criação de cinco bonecos que retratam o dia a dia de alunos público-alvo da educação especial. Esses personagens ganharam vida através das histórias construídas pelos próprios alunos desde o início do ano e que foram registrados em pequenos livros. Os bonecos então podem ser levados para as casas dos estudantes, contando para as suas famílias como é o cotidiano de alunos incluídos.
Os personagens, no entanto, não “brincam” apenas com os alunos incluídos da unidade escolar. O rodízio envolve todos os alunos e famílias. Desta forma, os responsáveis podem brincar com seus filhos, e através das histórias se tornam multiplicadores do processo de inclusão.
“Cada turma tem um livrinho, e vai ser feito um rodízio. Eles levam um livro junto com um caderno e um personagem. O caderno é para que os responsáveis registrem como foi a visita desse personagem a casa, como aconteceu, como se deu... E os relatos são bem legais. Os pais contam que os alunos estão maravilhados com os bonecos”, conta a diretora do EDI Profª Kelita, Rosângela Alves.
A expectativa é de que até o fim do ano todos os alunos tenham levado os personagens para casa, e desta forma compartilhado as histórias deles com suas famílias.
O EDI Profª Kelita conta hoje com cinco alunos que estão dentro do espectro autista, e existem cinco bonecos e histórias atualmente. Mas os personagens não são baseados nos alunos da unidade escolar, são personagens que podem ensinar sobre várias formas de se viver o cotidiano da educação especial.
Diego que é um menino com deficiência auditiva e se comunica pela LIBRAS; Ana que é uma menina com deficiência física devido a um acidente e usa cadeira de rodas; Flor com deficiência física na perna, devido a uma má formação e utiliza uma prótese ortopédica; Beto com baixa visão e utiliza óculos e faz uso do sistema Braile; e Lulu que é uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Depois de ganharem corpo na forma de brinquedo, os personagens ganham uma história em um “livrão”, que serve como matriz para livretos que são levados para casa, com os cadernos de registro, em sacolas decoradas.
Os bonecos, que já existiam na escola, foram adaptados para o projeto, numa ação conjunta de professores e alunos. A cadeira de rodas da Ana, por exemplo, era o carrinho de compras da filha de uma professora.
“A gente está pensando ainda, já que está dando tão certo. Mas talvez a gente aumente o número de personagens, para ampliar a discussão”, revelou a professora Leila Bosso, uma das criadoras do projeto.
Apesar de recente, os resultados do projeto já são visíveis e o retorno muito positivo. Para Rosângela Alves, é importante levantar o debate desde a educação infantil, para que os alunos já cresçam preparados para lidar com as diferenças no futuro e, desta forma, construir uma comunidade escolar e sociedade de fato inclusiva.
A emoção e alegria na declaração da mãe de João é resultado de um projeto de inclusão realizado pela equipe do EDI Professora Kelita Faria de Paula, que fica na Maré. O projeto “Vamos brincar com nossas diferenças” trabalha a inclusão envolvendo toda a comunidade escolar, e não apenas alunos e professores.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação do Rio, a iniciativa contou com a participação de todas as turmas da unidade na criação de cinco bonecos que retratam o dia a dia de alunos público-alvo da educação especial. Esses personagens ganharam vida através das histórias construídas pelos próprios alunos desde o início do ano e que foram registrados em pequenos livros. Os bonecos então podem ser levados para as casas dos estudantes, contando para as suas famílias como é o cotidiano de alunos incluídos.
Os personagens, no entanto, não “brincam” apenas com os alunos incluídos da unidade escolar. O rodízio envolve todos os alunos e famílias. Desta forma, os responsáveis podem brincar com seus filhos, e através das histórias se tornam multiplicadores do processo de inclusão.
“Cada turma tem um livrinho, e vai ser feito um rodízio. Eles levam um livro junto com um caderno e um personagem. O caderno é para que os responsáveis registrem como foi a visita desse personagem a casa, como aconteceu, como se deu... E os relatos são bem legais. Os pais contam que os alunos estão maravilhados com os bonecos”, conta a diretora do EDI Profª Kelita, Rosângela Alves.
A expectativa é de que até o fim do ano todos os alunos tenham levado os personagens para casa, e desta forma compartilhado as histórias deles com suas famílias.
O EDI Profª Kelita conta hoje com cinco alunos que estão dentro do espectro autista, e existem cinco bonecos e histórias atualmente. Mas os personagens não são baseados nos alunos da unidade escolar, são personagens que podem ensinar sobre várias formas de se viver o cotidiano da educação especial.
Diego que é um menino com deficiência auditiva e se comunica pela LIBRAS; Ana que é uma menina com deficiência física devido a um acidente e usa cadeira de rodas; Flor com deficiência física na perna, devido a uma má formação e utiliza uma prótese ortopédica; Beto com baixa visão e utiliza óculos e faz uso do sistema Braile; e Lulu que é uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Depois de ganharem corpo na forma de brinquedo, os personagens ganham uma história em um “livrão”, que serve como matriz para livretos que são levados para casa, com os cadernos de registro, em sacolas decoradas.
Os bonecos, que já existiam na escola, foram adaptados para o projeto, numa ação conjunta de professores e alunos. A cadeira de rodas da Ana, por exemplo, era o carrinho de compras da filha de uma professora.
“A gente está pensando ainda, já que está dando tão certo. Mas talvez a gente aumente o número de personagens, para ampliar a discussão”, revelou a professora Leila Bosso, uma das criadoras do projeto.
Apesar de recente, os resultados do projeto já são visíveis e o retorno muito positivo. Para Rosângela Alves, é importante levantar o debate desde a educação infantil, para que os alunos já cresçam preparados para lidar com as diferenças no futuro e, desta forma, construir uma comunidade escolar e sociedade de fato inclusiva.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.