Manifestantes concentraram na Candelária saíram em direção à Cinelândia, no Centro do RioReprodução / Sepe
Publicado 18/10/2022 16:33 | Atualizado 18/10/2022 20:00
Rio - O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) convocou uma greve de 24 horas para esta terça-feira (18). Na parte da manhã, a coordenação do sindicato esteve na Secretaria Estadual de Educação para apresentar as demandas. Em seguida, houve uma assembleia presencial da categoria no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio.
Por fim, os profissionais presentes foram ao ato unificado da educação, que começou na Candelária. Por volta das 17h, os manifestantes seguiram em direção à Cinelândia. O protesto também teve a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
O Sepe informou que se mobiliza há cerca de três anos para que o piso salarial dos professores ativos e aposentados da rede estadual tenha o piso nacional do magistério como referência. O professor Diogo Oliveira, coordenador do sindicato, comenta que os profissionais de educação recebem um menor salário no Rio do que em outros estados.
"Estamos lutando para que o governo cumpra a lei do piso nacional do magistério para os professores e o salário mínimo regional para os funcionários. Hoje, os profissionais de educação da rede estadual do Rio têm o pior salário da categoria no país, está muito abaixo do piso nacional do magistério. No caso dos funcionários administrativos, está abaixo do salário mínimo nacional e regional", afirmou.
A categoria também reivindica o pagamento do ajuste das 18 horas. Segundo o Sepe, os professores passaram a trabalhar por mais tempo, mas ainda não receberam o salário referente a esse aumento.
"Estamos cobrando que o governo pague um direito que conquistamos recentemente, o terço de planejamento. Teve um ajuste na lei para cumprir esse direito. A maioria dos professores do estado passou para um regime de 18 horas semanais, que tem um aumento de salário. A carga horária aumentou, mas ainda não pagaram o salário devido", disse Diogo.
Outras questões abordadas pelo Sepe são: a abertura de um processo de migração da jornada de trabalho de 18 para 30 horas; regularização da situação funcional dos funcionários administrativos da extinta  Fundação de Apoio à Escola Pública (FAEP) e dos animadores culturais; revogação do novo ensino médio e eleição direta para direção das escolas, que não ocorre há cinco anos.
Procurada, a Secretaria de Educação informou que não comentará sobre a greve.
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