Publicado 18/10/2022 20:17 | Atualizado 19/10/2022 14:32
Rio – Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) desenvolveram um novo método para detectar a presença de agrotóxicos em rios de forma rápida e confiável. O estudo é coordenado pelo professor Jefferson Santos de Gois, do Instituto de Química, e conduzido pela aluna de doutorado em Engenharia química Luciana Resende Marcelo.
A pesquisa empregou uma técnica que consiste em utilizar propriedades magnéticas para separar o agrotóxico da amostra de água, dispensando o uso de centrífugas ou sistemas de filtração. Ela apresenta vantagens em relação a outros métodos convencionais, pois necessita de menos material e tem um tempo de extração mais curto.
Por meio da técnica, conhecida como MSPE, é possível detectar concentrações muito baixas de pesticida, que normalmente passariam despercebidas por métodos convencionais de análise.
"O desenvolvimento de tecnologias ultrassensíveis, capaz de detectar baixíssimas concentrações de poluentes, é de extrema importância, pois apenas assim poderemos monitorar estes poluentes consumidos diariamente e que podem apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente", diz o professor Jefferson.
De acordo com Luciana, os agrotóxicos representam uma das classes mais importantes de poluentes orgânicos, principalmente devido à sua utilização generalizada e toxicidade. São conhecidos como contaminantes emergentes e considerados micropoluentes, característica que torna o seu monitoramento em rios um desafio, o que leva à necessidade do desenvolvimento de técnicas analíticas sensíveis e robustas.
A próxima etapa da pesquisa, que já se encontra em andamento, é o monitoramento das águas de rios do estado.
O estudo foi apresentado no 18º Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química do Rio de Janeiro, em outubro deste ano, e está sendo preparado para publicação em revistas científicas.
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