Publicado 21/10/2022 17:17 | Atualizado 21/10/2022 17:36
Rio – Uma investigação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), como parte da Operação Calígula, indicou que o contraventor Rogério de Andrade gastava R$ 6 milhões por mês para manter as estruturas do jogo do bicho. De acordo com os investigadores do MP, o balancete dos gastos de Rogério estava em uma planilha encontrada por agentes durante a coleta de provas.
Entre os gastos do contraventor, constavam gastos em diferentes pontos no estado. De acordo com a planilha, o maior gasto, de R$ 724 mil, era destinado para pontos explorados em áreas que não eram de controle de Rogério. Dos R$ 6 milhões mensais, a planilha identificava gastos em pontos da contravenção nos bairros da Abolição, Bangu, Barra da Tijuca, Estácio, Jacarepaguá e Marechal Hermes.
Veja alguns dos gastos da planilha
- R$ 724 mil para pontos explorados em áreas que não eram do contraventor;
- R$ 119 mil destinados para IPVA e multas dos carros
- R$ 117 mil com aluguel de prédios;
- R$ 22 mil para a “folha de pagamento” em um ponto de apostas em Bangu;
- R$ 26 mil para “segurança” em Bangu;
- R$ 27,8 mil para Marechal Hermes;
- R$ 12 mil para “jogar futebol”.
Operação Calígula
A Operação Calígula, deflagrada no dia 10 de maio, mirou uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade. O grupo tinha como membro o ex-policial Ronnie Lessa, detido no Presídio Federal de Campo Grande pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Dois delegados da Polícia Civil estavam entre os alvos: Marcos Cipriano e Adriana Belém, que estão presos.
Segundo as investigações, a delegada Adriana Belém, ainda lotada na 16ª DP, e o inspetor Jorge Luiz Camilo Alves teriam encontrado com Ronnie Lessa a pedido de Cipriano com objetivo de viabilizar a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em casa de apostas da organização criminosa. O pagamento da propina teria sido providenciado por Rogério de Andrade.
Ligação entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa, ex-PM preso acusado de matar Marielle Franco
Segundo investigações do MPRJ, o grupo criminoso de Rogério Andrade e seu filho Gustavo tem como membro Ronnie Lessa, preso no Presídio Federal de Campo Grande pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram em maio que o bicheiro está na linha de investigação como o possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco.
A parceria entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa é apontada nas denúncias como antiga, havendo elementos de prova de sua existência ao menos desde 2009, quando Ronnie perdeu uma perna em atentado à bomba que explodiu seu carro. Ele já atuava como segurança do contraventor. Em 2018, ano da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, os dois denunciados se reaproximaram e abriram uma casa de apostas no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca. Segundo os investigadores, elementos indicavam a previsão de inauguração de outras casas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O bingo financiado por Rogério de Andrade e administrado por Ronnie Lessa, Gustavo de Andrade e outros comparsas foi fechado pela Polícia Militar no dia de sua inauguração. No entanto, as máquinas apreendidas foram liberadas e a casa foi reaberta após atos de corrupção com policiais civis e militares.
Veja alguns dos gastos da planilha
- R$ 724 mil para pontos explorados em áreas que não eram do contraventor;
- R$ 119 mil destinados para IPVA e multas dos carros
- R$ 117 mil com aluguel de prédios;
- R$ 22 mil para a “folha de pagamento” em um ponto de apostas em Bangu;
- R$ 26 mil para “segurança” em Bangu;
- R$ 27,8 mil para Marechal Hermes;
- R$ 12 mil para “jogar futebol”.
Operação Calígula
A Operação Calígula, deflagrada no dia 10 de maio, mirou uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade. O grupo tinha como membro o ex-policial Ronnie Lessa, detido no Presídio Federal de Campo Grande pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Dois delegados da Polícia Civil estavam entre os alvos: Marcos Cipriano e Adriana Belém, que estão presos.
Segundo as investigações, a delegada Adriana Belém, ainda lotada na 16ª DP, e o inspetor Jorge Luiz Camilo Alves teriam encontrado com Ronnie Lessa a pedido de Cipriano com objetivo de viabilizar a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em casa de apostas da organização criminosa. O pagamento da propina teria sido providenciado por Rogério de Andrade.
Ligação entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa, ex-PM preso acusado de matar Marielle Franco
Segundo investigações do MPRJ, o grupo criminoso de Rogério Andrade e seu filho Gustavo tem como membro Ronnie Lessa, preso no Presídio Federal de Campo Grande pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram em maio que o bicheiro está na linha de investigação como o possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco.
A parceria entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa é apontada nas denúncias como antiga, havendo elementos de prova de sua existência ao menos desde 2009, quando Ronnie perdeu uma perna em atentado à bomba que explodiu seu carro. Ele já atuava como segurança do contraventor. Em 2018, ano da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, os dois denunciados se reaproximaram e abriram uma casa de apostas no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca. Segundo os investigadores, elementos indicavam a previsão de inauguração de outras casas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O bingo financiado por Rogério de Andrade e administrado por Ronnie Lessa, Gustavo de Andrade e outros comparsas foi fechado pela Polícia Militar no dia de sua inauguração. No entanto, as máquinas apreendidas foram liberadas e a casa foi reaberta após atos de corrupção com policiais civis e militares.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.