Publicado 25/10/2022 11:12 | Atualizado 25/10/2022 12:43
Rio - O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, foi homenageado no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta segunda-feira (24). Por iniciativa do deputado Noel de Carvalho (Solidariedade), Antônio recebeu a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria dada pelo legislativo, e o Diploma Juíza Patrícia Acioli de Justiça e Cidadania, concedido à ONG Rio de Paz.
Em seu discurso, o presidente da Rio de Paz falou sobre o caso Roberto Jefferson e as consequências que o "bolsonarismo" pode trazer para o país. Ao final, ele ainda fez um questionamento.
"Espero que o que houve chame a nossa atenção para o fato de que a atitude do Roberto Jefferson é o bolsonarismo 'in natura'. O que Roberto Jefferson fez foi levar o bolsonarismo às suas consequências lógicas e práticas. É esse país que queremos, que recebe polícia a bala?", disse.
Em seu discurso, o presidente da Rio de Paz falou sobre o caso Roberto Jefferson e as consequências que o "bolsonarismo" pode trazer para o país. Ao final, ele ainda fez um questionamento.
"Espero que o que houve chame a nossa atenção para o fato de que a atitude do Roberto Jefferson é o bolsonarismo 'in natura'. O que Roberto Jefferson fez foi levar o bolsonarismo às suas consequências lógicas e práticas. É esse país que queremos, que recebe polícia a bala?", disse.
O diploma, recebido pela ONG, foi criado pelo próprio Noel Carvalho e concedido pela primeira vez na cerimônia desta segunda. Já a Medalha Tiradentes é dada a pessoas que prestaram relevantes serviços à sociedade.
A cerimônia também contou com a presença do articulador social do Rio de Paz, João Luís Silva, que recebeu, ao lado de Antônio Carlos, a honraria, das mãos do deputado Noel Carvalho e do advogado Wilson Chagas Júnior, ex-marido e pai dos filhos de Patrícia Acioli.
Patrícia Acioli foi uma juíza que foi assassinada com 21 tiros quando quando chegava em sua casa, em Piratininga, após sair do Fórum de São Gonçalo, onde trabalhava. Ela investigava PMs que forjavam autos de resistência em São Gonçalo, região em que atuava. No dia de sua morte, ela havia assinado os pedidos de prisão de dois policiais militares, que a seguiram e a mataram na mesma noite.
Ao final do evento, Antônio Carlos, funcionários e voluntários da ONG fizeram um protesto silencioso: empunharam as cruzes usadas nas manifestações do Rio de Paz representando mortos pela violência e pela Covid-19 e placas com nomes de policias assassinados e crianças mortas por balas perdidas, que fazem parte do memorial da ONG, na Lagoa, em homenagem a essas vítimas.
A ONG Rio de Paz é conhecida por seus protestos de impacto visual na luta pelos direitos humanos, pela redução de homicídios e pelo combate à pobreza. Em 2007, anos de seu nascimento, os organizadores cravaram 700 cruzes pretas nas areias de Copacabana para denunciar os assassinatos no Rio de Janeiro. No ano de 2020, a organização repetiu o ato e instalou cruzes e bandeiras do Brasil nas areias da praia de Copacabana, uma homenagem da ONG aos mortos pelo coronavírus.
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