Publicado 26/10/2022 18:17 | Atualizado 26/10/2022 19:20
Rio - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos realizou uma audiência fechada, nesta quarta-feira (26), sobre os "Impactos da violência policial em famílias afrodescendentes no Brasil". Mães de vítimas foram ouvidas sobre o racismo estrutural e institucional no Brasil, em representação aos movimentos de familiares de vítimas de todo o país.
Segundo a comissão, assuntos como as violações cotidianas das forças policiais em favelas e periferias, o racismo dos órgãos do sistema de justiça e as ameaças sofridas pelas pessoas que denunciam os abusos também foram abordados.
Por meio de coletivos, mães e familiares pediram que fossem implementados Núcleos de Atendimento a Familiares de vítimas da violência estatal, além de outras formas de reparação material e simbólica. Sete organizações apoiaram a solicitação, entre elas o Instituto Marielle Franco.
Por meio de coletivos, mães e familiares pediram que fossem implementados Núcleos de Atendimento a Familiares de vítimas da violência estatal, além de outras formas de reparação material e simbólica. Sete organizações apoiaram a solicitação, entre elas o Instituto Marielle Franco.
Os coletivos de mães e familiares que fizeram o pedido da audiência foram o Mães de Manguinhos (RJ), Movimento Independente Mães de Maio (SP) Mães e familiares de vítimas (RJ), Mães do Jacarezinho (RJ), Mães da Maré (RJ), Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense (RJ), Mães de Maio do Nordeste (BA), Movimento Moleque (RJ), Movimento Mães de Periferia de vítima por violência policial (CE), Mães em luto da Zona Leste (SP), Mães de Maio da Leste (SP), Mães de Osasco e de Barueri (SP) e Mães de Maio de Minas Gerais (MG).
Já as organizações que apoiaram o pedido foram o Conectas Direitos Humanos, Instituto Marielle Franco, Núcleo de Atenção Psicossocial a Afetados pela Violência de Estado (Napave) / Instituto de Estudos da Religião (Iser), Associação Juízes para a Democracia (AJD), Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Grupo Tortura Nunca Mais-RJ, Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e Laboratório de Pesquisa e Extensão em Subjetividade e Segurança Pública (LAPSUS/UFPB).
Procuradas, as assessorias das polícias Civil e Militar e do Governo do Estado do Rio de Janeiro ainda não se manifestaram.
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