Vídeo gravado por pescadores locais flagrou o exato momento em que um navio, chamado Pacific Moonstone, despejando água de lavagem do navio nas águas da Baía de GuanabaraReprodução
Publicado 28/10/2022 22:05 | Atualizado 29/10/2022 13:18
Rio - Milhares de peixes mortos foram vistos, nesta quinta-feira (27), na Baía de Guanabara por pescadores artesanais e praticantes de esportes náuticos. A mortandade foi registrada em pontos da região do Gradim, em São Gonçalo, perto da chegada à ponte Rio Niterói, e na praia do Zumbi, na Ilha do Governador.

No início deste mês, o aparecimento de uma mancha de óleo que atingiu quilômetros de distância preocupou ambientalistas e pescadores locais. Para o ambientalista e fundador do movimento Baía Viva, Sérgio Ricardo, o aparecimento da mancha de óleo, que surgiu na mesma região dos registros, colocou em risco a vida de diversas espécies animais que habitam as águas da Guanabara.

"Está faltando oxigênio para os peixes. Até agora ninguém identificou a fonte de poluição, a sua causa, a extensão do dano ambiental e à pesca, nem há notícias da aplicação de multas ambientais. A impunidade ambiental está sacrificando os ecossistemas e a vida marinha na Baía de Guanabara", disse Sérgio.

Nesta sexta-feira, um vídeo gravado por pescadores locais flagrou o exato momento em que um navio, chamado Pacific Moonstone, despejando água de lavagem do navio, com cheiro forte de querosene, nas águas da Baía de Guanabara. A gravação ocorreu em área do Terminal Torguá, na Ilha D'água, operado pela Petrobras. Segundo Sérgio, a lavagem de tanque de navio no interior da Baía é proibida.
 
 
 
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"Até agora ninguém identificou a fonte de poluição, a sua causa, a extensão do dano ambiental e à pesca, nem há notícias da aplicação de multas ambientais. A impunidade ambiental está sacrificando os ecossistemas e a vida marinha na Baía de Guanabara!", ressaltou o cofundador do Baía Viva.

Em nota, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que técnicos da organização vistoriaram, na quinta-feira (27), a Baía de Guanabara, na altura de Niterói, e também em Paquetá e não constataram a presença de peixes mortos no espelho d’água. A equipe também verificou que o nível de oxigênio dissolvido na água está dentro do estabelecido pela legislação ambiental para a manutenção da vida aquática.


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