Publicado 30/10/2022 11:32 | Atualizado 30/10/2022 11:54
São Gonçalo - Uma aluna de 16 anos acusa um professor de história de colocar a mão em seus seios dentro de uma sala de aula do Ciep Professor Waldemar Zarro, localizado no bairro Alcântara, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
O caso teria acontecido no início do mês, sendo presenciado por colegas de turma. Na quarta-feira (26), estudantes fizeram um protesto na unidade. De acordo com a aluna, o fato foi uma surpresa, já que o professor era o preferido dela.
“Na hora eu senti muito muito medo, porque eu não tive coragem de falar para o meu pai. Pensei várias vezes em deixar para lá, que a escola não ia ligar. E eu o tive como o melhor professor para mim. Nunca imaginaria, nunca passou isso pela minha cabeça”, disse a menina em entrevista ao "RJTV2", da TV Globo.
O responsável da menina, que não teve a identidade revelada, foi até a unidade e cobrou explicações do assunto. Contudo, a direção teria tentado abafar o caso.
“Começamos a questionar. Na mesma hora, ele virou na minha cara e disse que, se eu botasse isso para frente, ele ia colocar minha filha, a família e a escola na Justiça. E na hora que ele virou as costas e foi embora, a diretora abraçou minha filha, que chorava muito, e pediu para ‘não ficar falando nada do que aconteceu lá fora pra ninguém, para o ocorrido não aumentar’”, destacou o pai.
O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo. Segundo a Polícia Civil, o autor e a diretora da escola foram intimados para prestar depoimento nos próximos dias.
Questionada, a Secretaria de Estado de Educação informou que, assim que tomou conhecimento do caso, providenciou o afastamento do professor. Uma sindicância foi aberta para apurar as circunstâncias do fato.
"A Seeduc ressalta seu compromisso com a ética e o respeito na relação entre servidores e alunos e repudia qualquer forma de assédio", disse em nota.
"A Seeduc ressalta seu compromisso com a ética e o respeito na relação entre servidores e alunos e repudia qualquer forma de assédio", disse em nota.
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