Na segunda-feira (7), a Prefeitura do Rio confirmou que a variante BQ.1 é responsável pelo aumento no número de casosRovena Rosa/Agência Brasil
Publicado 08/11/2022 17:36
Rio – A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou, nesta terça-feira (8), 3.590 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e sete mortes no mesmo período. O estado tem um total de 2.543.735 casos confirmados e 75.891 óbitos desde o início da pandemia, decretada em março de 2020.

A taxa de ocupação em enfermarias segue em 60%. Não foi informada a taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com a atualização, a taxa de letalidade está em 2,98%. A SES ressalta que o registro feito nas últimas 24 horas não significa que o caso tenha acontecido necessariamente no mesmo período.

O Vacinômetro do Estado do Rio indica que, até o domingo (6), foram aplicadas 39.653.388 doses do imunizante contra o coronavírus. Desse total, 14.5 milhões são da primeira dose, 13.1 milhões da segunda, 7.8 milhões da terceira dose e 3.2 milhões do segundo reforço.

De acordo com o painel, 80% da população do estado com idade acima de 3 anos está com o esquema vacinal, que inclui primeira e segunda dose, completo.
SES alerta para o aumento do número de casos de covid-19 no Rio
Com o aumento dos casos de covid-19 e a comprovação da transmissão local da subvariante BQ.1, da Ômicron, a Secretaria Estadual e Saúde do Rio (SES-Rio) ligou o alerta. Segundo Alexandre Chieppe, secretário da pasta, apesar de a transmissão ainda ser baixa, a população precisa se precaver.
Na segunda-feira (7), a Prefeitura do Rio confirmou que a BQ.1 é responsável pelo aumento no número de casos. No sábado (5), a Fiocruz confirmou o primeiro caso da subvariante no Rio, uma moradora da Zona Norte da cidade de 35 anos.
De acordo com a SES-Rio, na última sexta-feira (4), foi enviado um ofício, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SUBVAPS), aos 92 municípios do estado alertando para importância das unidades básicas e de pronto atendimento do estado ampliarem a oferta de teste rápido de antígeno para Covid-19. A recomendação orienta que todos os pacientes com sintomas de síndrome gripal devem ser testados para a doença.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, a pasta tem observado o aumento dos números da doença, mas garante que a transmissão ainda é baixa em todo o estado.

"Estamos observando em diversos países do mundo um aumento na transmissão de coronavírus relacionado ainda à variante ômicron, que é a prevalente também no estado do Rio de Janeiro. Neste momento, a transmissão ainda é baixa no estado, mas temos acompanhado o cenário em outros estados, como São Paulo, e temos um plano de contingência, que será colocado em prática se necessário. A testagem em larga escala é extremamente importante para o monitoramento do cenário epidemiológico. Ela permite que as medidas necessárias de contenção sejam adotadas diante de um caso confirmado ou de um possível aumento de casos".

Uma análise dos últimos 15 dias realizada pela vigilância estadual apontou que a taxa de positividade dos testes de RT-PCR e antígeno para Covid-19 tiveram aumento. A taxa de RT-PCR passou de 3% para 7% e a de antígeno, de 5% para 16%.

O levantamento mostrou ainda que, embora a taxa de positividade para Covid-19 tenha aumentado, os vírus respiratórios com maior circulação foram o rinovírus, com 21% de prevalência, e o adenovírus, com 17%. O vírus SARS-CoV-2 aparece em 4% das amostras testadas. Já o sequenciamento genômico para a Covid-19 identificou que a Ômicron continua sendo a principal variante em circulação.

Em relação às solicitações de leito para tratamento da doença, também houve um discreto aumento. A média diária foi de 5 para 8, sendo os leitos de enfermaria os mais requisitados no período analisado.

A SUBVAPS reforçou também a importância da manutenção da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, com a aplicação das doses de reforço. Pessoas com 18 anos ou mais já podem tomar a segunda dose de reforço, conforme orientação do Ministérios da Saúde. Os adolescentes de 12 a 17 anos devem receber a primeira dose de reforço contra a doença. E para as crianças de 3 a 11 anos, a recomendação é a aplicação de duas doses.

Além do ofício, a pasta enviou aos municípios uma nota técnica com as atualizações das recomendações e orientações do Ministério da Saúde sobre a covid-19. Entre outras coisas, o texto recomenda a testagem de casos de síndrome gripal, distanciamento físico, etiqueta respiratória, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados.
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