Publicado 10/11/2022 09:43
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio vai realiza, nesta quinta-feira (10), a partir das 13h, o julgamento do engenheiro Paulo José Arronenzi, acusado de assassinar a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, na frente das três filhas do casal. O crime ocorreu na véspera do Natal de 2020, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, a magistrada levava as crianças para passar a data com o pai.
Arronenzi foi preso em flagrante, logo após o crime, por guardas municipais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado "pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro".
Paulo foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado, considerando a prática de feminicídio, ou seja, a vítima foi morta por ser mulher. Outras qualificadoras são pelo fato do crime ter sido praticado na presença de três crianças e por motivo torpe, já que o acusado a matou por não se conformar com o fim do relacionamento.
Arronenzi foi preso em flagrante, logo após o crime, por guardas municipais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado "pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro".
Paulo foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado, considerando a prática de feminicídio, ou seja, a vítima foi morta por ser mulher. Outras qualificadoras são pelo fato do crime ter sido praticado na presença de três crianças e por motivo torpe, já que o acusado a matou por não se conformar com o fim do relacionamento.
A Justiça também considerou que o assassinato foi cometido por um meio que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa quando descia do carro, enquanto levava filhas ao encontro do ex-marido. Por último, o meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto causaram intenso sofrimento à vítima.
Viviane Vieira do Amaral tinha 45 anos e integrou a magistratura do estado do Rio por 15 anos. Ela atuava na 24ª Vara Cível da Capital.
Relembre o caso
O assassinato ocorreu por volta na véspera do Natal de 2020, por volta das 18h, na Avenida Rachel de Queiroz, em frente ao Colégio Estadual Vicente Januzzi.
Agentes da Guarda Municipal estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima. No local, encontraram a mulher caída e desacordada. Na ocasião, o criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.
Na época do crime, um vídeo foi divulgado, mostrando o momento do assassinato. Nas imagens, aos gritos, as crianças pedem que o pai pare de golpear a mãe.
Agentes da Guarda Municipal estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima. No local, encontraram a mulher caída e desacordada. Na ocasião, o criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.
Na época do crime, um vídeo foi divulgado, mostrando o momento do assassinato. Nas imagens, aos gritos, as crianças pedem que o pai pare de golpear a mãe.
Segundo o depoimento da mãe da juíza, Sara Vieira do Amaral, a vítima e o engenheiro foram casados por 11 anos, período em que os contatos entre ela e a filha foram mais por telefone. O marido a mantinha isolada, assim como as filhas.
Em setembro de 2020, Viviane propôs a separação, em razão do comportamento violento do engenheiro. Ele nunca aceitou o divórcio e a juíza foi morar com a mãe. O irmão da juíza, Vinicius, confirmou o comportamento violento do cunhado, acrescentando que ele não assumia financeiramente as despesas da família.
Além dos depoimentos dos parentes e amigos de Viviane, constam no processo relatos de testemunhas que presenciaram o crime, destacando que tiveram a atenção despertada pelo comportamento estranho do engenheiro, que andava de um lado para o outro na calçada, enquanto aguardava a chegada da ex-mulher. Assim que ela desceu do carro com as filhas, foi atacada pelo criminoso. Paulo levava uma mochila, onde guardava outras facas.
Além dos depoimentos dos parentes e amigos de Viviane, constam no processo relatos de testemunhas que presenciaram o crime, destacando que tiveram a atenção despertada pelo comportamento estranho do engenheiro, que andava de um lado para o outro na calçada, enquanto aguardava a chegada da ex-mulher. Assim que ela desceu do carro com as filhas, foi atacada pelo criminoso. Paulo levava uma mochila, onde guardava outras facas.
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