Publicado 12/11/2022 12:15 | Atualizado 12/11/2022 12:27
Rio - André Luiz de Oliveira, filho afetivo de Flordelis, negou sua participação na morte do pastor Anderson do Carmo, comentou que o pai era uma pessoa rígida, mas que não tem conhecimento sobre agressões físicas contra a pastora. Ele foi o primeiro a ser interrogado neste sábado (12), sexto dia de julgamento no Fórum de Niterói.
Segundo André, Flordelis começou a se relacionar com Anderson após um relacionamento com seu irmão biológico. De acordo com o réu, a ex-deputada federal e o pastor não mantinham uma relação sexual, mas sim uma relação de cuidado um com o outro.
O filho afetivo do casal revelou que nunca viu uma agressão física cometida pelo pai contra Flordelis. Anderson do Carmo, inclusive, seria a pessoa que cuidava da imagem dela. André informou que a ex-deputada só fazia coisas que o pastor recomendasse.
"Agressão física não, mas meu pai era rígido na palavra. Sempre foi nesse tom, mas agressão de soco eu nunca vi. Minha mãe para ele era uma princesa. Ele se preocupava com tudo. Minha mãe só fazia algo se ele orientasse", falou.
André afirmou que não houve abuso sexual na casa antes da morte de Anderson. Ele também disse que só soube dos supostos casos após a morte do pastor. No dia do crime, o filho adotivo contou que estava em casa, ouviu os disparos e viu o pai já caído.
Flordelis foi apontada por ele como o maior exemplo de caráter da casa. Questionado sobre participação na morte, André negou e disse que é inocente. Ele ainda rebateu a alegação de envenenamento, dizendo que o pai tinha dificuldades de engolir remédios.
"Não participei. Não aconteceu. Meu pai era muito difícil de tomar medicação. Tinha dificuldade de engolir. Já vi sim eles amassarem comprimido para ele tomar, mas veneno eu nunca vi", completou.
O interrogatório de André Luiz de Oliveira terminou por volta das 11h40. A segunda pessoa a responder os questionamentos é Flordelis, que estava prevista para ser a última. Todos os réus não vão responder as perguntas da acusação e da juíza Nearis Carvalho Arce.
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