Publicado 16/11/2022 07:00
Rio - A tradição de decorar ruas para a Copa do Mundo tem perdido espaço no Rio. Uma das poucas remanescentes que mantém esse costume, a Rua Pereira Nunes, em Vila Isabel, já está pronta para o início dos jogos no próximo dia 20. A decoração com bandeiras, fitas, grafite nos muros e pintura é feita há 40 anos por um grupo de moradores.
"É um costume que trazemos desde 1982. Essa será a nossa décima Copa do Mundo. Ao todo, somos 15 pessoas fixas na decoração, mas já chegamos a ter 50 pessoas trabalhando ao mesmo tempo", conta o empresário Celso Mendes, de 44 anos, que comanda o grupo "Galera da Pereira Nunes" responsável pela decoração da rua da Zona Norte.
O trecho, que fica entre a Boulevard 28 de Setembro e a Rua Teodoro Silva, faz parte de uma das poucas iniciativas de decoração que ainda segue acontecendo na cidade. Outras vias importantes nesse cenário, como a Rua Taturana, em Vicente de Carvalho, e a Doutor Leal, no Engenho de Dentro, não terão a decoração para a edição deste ano, que acontece no Catar.
"É um costume que trazemos desde 1982. Essa será a nossa décima Copa do Mundo. Ao todo, somos 15 pessoas fixas na decoração, mas já chegamos a ter 50 pessoas trabalhando ao mesmo tempo", conta o empresário Celso Mendes, de 44 anos, que comanda o grupo "Galera da Pereira Nunes" responsável pela decoração da rua da Zona Norte.
O trecho, que fica entre a Boulevard 28 de Setembro e a Rua Teodoro Silva, faz parte de uma das poucas iniciativas de decoração que ainda segue acontecendo na cidade. Outras vias importantes nesse cenário, como a Rua Taturana, em Vicente de Carvalho, e a Doutor Leal, no Engenho de Dentro, não terão a decoração para a edição deste ano, que acontece no Catar.
Para Mendes, a prática era popular, especialmente entre as crianças, mas foi se perdendo nos últimos anos. Segundo o empresário, uma das questões que atrapalhou a manutenção dessa tradição é a sensação de insegurança. A situação afasta os mais jovens da rua por medo da violência. "Eles é que deveriam estar engajados para manter essa prática, mas se nós passamos para eles que a rua é perigosa, como vamos cobrar? Não estou dizendo que não é, porque sabemos que é, mas esse é o resultado", pontua o organizador da decoração.
De acordo com o empresário, as crianças que estavam nas ruas agora estão mais interessadas na tecnologia, o que acaba fazendo com que a tradição vá se perdendo: "Na verdade, acho que as pessoas não estão menos engajadas. A tecnologia afastou um pouco as crianças da rua e quem ficou mais velho, a tendência foi parar de fazer um pouco isso", analisa.
Apesar das dificuldades, Celso garante que a prática promove a união da comunidade e também é uma alternativa para aumentar o comércio em negócios locais. "Financeiramente, se você correr atrás e mostrar que o projeto é bom, mostrando que vai dar resultados para todos, como fazemos aqui, não tem erro".
A rua de Vila Isabel é um espetáculo à parte. São 150 metros de pintura no chão, 12 muros grafitados e cerca de 9 quilômetros de bandeirolas presas aos postes, além de centenas de metros de fitas. Parte da decoração custou cerca de R$ 10 mil e foi feita com a ajuda de doações de moradores. "A meta é ganhar concursos e mostrar que a nossa rua é mais bonita que todas as outras", finalizou.
De acordo com o empresário, as crianças que estavam nas ruas agora estão mais interessadas na tecnologia, o que acaba fazendo com que a tradição vá se perdendo: "Na verdade, acho que as pessoas não estão menos engajadas. A tecnologia afastou um pouco as crianças da rua e quem ficou mais velho, a tendência foi parar de fazer um pouco isso", analisa.
Apesar das dificuldades, Celso garante que a prática promove a união da comunidade e também é uma alternativa para aumentar o comércio em negócios locais. "Financeiramente, se você correr atrás e mostrar que o projeto é bom, mostrando que vai dar resultados para todos, como fazemos aqui, não tem erro".
A rua de Vila Isabel é um espetáculo à parte. São 150 metros de pintura no chão, 12 muros grafitados e cerca de 9 quilômetros de bandeirolas presas aos postes, além de centenas de metros de fitas. Parte da decoração custou cerca de R$ 10 mil e foi feita com a ajuda de doações de moradores. "A meta é ganhar concursos e mostrar que a nossa rua é mais bonita que todas as outras", finalizou.
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