Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) é um órgão da administração direta do Ministério da SaúdeReprodução
Publicado 18/11/2022 15:03 | Atualizado 18/11/2022 15:17
Rio – O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) irá realizar, entre os dias 21 e 23 de novembro, em sua sede no Caju, Zona Norte do Rio, um evento para a promoção da saúde da população negra. Fruto de uma parceria com o Centro Cultural da pasta, a iniciativa terá atividades culturais e educativas buscando a conscientização sobre o combate ao racismo e a valorização da cultura afro-brasileira.
O evento, que acontece no mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra (20), contará com a exposição "Sorriso Negro", que reúne fotografias tiradas de colaboradores e profissionais do instituto. Também na programação, estão palestras e rodas de conversas que promovem o debate e a reflexão sobre temas como o racismo estrutural e a identidade do povo afrodescendente. Outros atrativos incluem oficinas de tranças e maquiagem e a apresentação do grupo de pagode do Into.
Além da programação estipulada, o evento pretende reforçar a necessidade da identificação de marcadores de raça/cor nos formulários de saúde. Será distribuída a pacientes e funcionários do instituto uma cartilha informativa para explicar desde os critérios da autodeclaração até a importância da mesma para o mapeamento das condições da população negra e para a elaboração de políticas públicas específicas.

"Criar estratégias de enfrentamento às desigualdades étnico-raciais é fundamental para ampliar a equidade na promoção e atendimento em saúde", destacou a chefe substituta da Área de Política Nacional de Humanização do Into, Michelly Coutinho, uma das responsáveis pelo projeto. A iniciativa está amparada na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), que reconhece o racismo como determinante social nas condições de saúde do país.

As ações culturais também irão mobilizar crianças e adolescentes por meio da oficina criativa de confecção de bonecas Abayomi, feitas de retalhos de tecido, sem costura ou cola. "É uma maneira não só de gerar identificação e representatividade, mas também de contribuir para uma educação antirracista", concluiu Michelly.
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